Unha e Carne

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Newt

Eu havia acordado bem cedo, fui andando até o começo do bosque, eu não tinha muito oque fazer hoje então me sentei no pé de uma árvore. De longe eu vi Thomas. Minho indo para o labirinto. Quando Thomás percebeu que eu estava olhando para e ele para Minho, me olhou de volta, eu desvie o olhar no mesmo minuto. Ainda estava com raiva dele e ele sabia disso.

A decepção nunca vem dos inimigos, sempre dos "amigos". Eu realmente não entendia por que Thomás havia mentido para mim, ele achou que eu não fosse acreditar no que ele dizia? Ele falou que estava com medo de eu dar bola para as paranóias de Gally, realmente é uma boa desculpa, mas ele devia ter confiado em mim, pensei que eu havia deixado claro que acreditaria sempre na palavra dele, por conta disso que acreditei quando ele falou que não conhecia Teresa.

Acho que se eu não estivesse gostando dele isso doeria menos, eu me sentia um idiota, sentia vergonha de ter acreditado nele. Será que eu era tão ingênuo assim? Gally havia me dito que um dia eu ia quebrar a cara se eu continuasse sendo gentil com todo mundo, sempre acreditando na palavra de todos e se eu continuasse a sempre querer ver o lado bom de todo mundo.

Ele não mentiu, realmente eu quebrei a cara por ser assim, com a última pessoa que eu esperava que iria fazer isso mas eu não iria mudar meu jeito por conta disso, eu era assim, era minha essência, e não tinha o menor interesse em mudar isso, mesmo que eu quebrasse a cara mil e uma vezes.

Quando lembrei que Minho e Thomás já haviam entrado no labirinto senti um nó se formar na minha garganta, era assim sempre quando Minho entrava no labirinto, mas agora não era só pro conta dele, por Thomás também... eu queria fingir que não me importava com ele mas eu estaria enganado a mim mesmo. Sabia que Thomás era inconsequente mas também sabia que Minho estava cuidando dele. Mas não conseguia não me preocupar ele. Eu gostava dele... mesmo que eu escondesse isso até de mim mesmo, mas eu tentava não pensar dele, mas não obtia sucesso. Sabia que ele estava disposto a fazer qualquer merda para tentar achar um saída, ele era corajoso, gostava disso nele, mas eu estaria mentindo se falasse que achava essa coragem também acompanhava seu lado maluco.

Coloquei as mãos no rosto, eu pensava demais, me preocupava demais, esse era o maior defeito, sabia que isso uma dia ia me matar. Soltei o ar que nem notei que estava prendendo.

— Bom dia Newt. — Falou Caçarola.

Ele falou vindo na minha direção, ele acordava cedo que nem eu, nós conversávamos um pouco enquanto os outros estavam dormindo.

— Bom dia Caçarola — falei.

Ele se encostou numa árvore na minha frente e cruzou os braços me olhando.

— Ouve algo entre vocês e o Thomás? Ontem vi vocês dois longe um do outro na cabana — falou ele.

Era incrível como todo mundo tava percebendo que havia algo de errado entre eu e Thomás, todos viam que nós éramos grudados e quando nós passamos um dia longe um do outro já chega várias pessoas perguntando oque aconteceu só que desta vez realmente havia acontecido algo.

— Brigamos. — Falei num tom seco.

— Pensei que vocês nunca brigavam, viviam grudados, que nem unha e carne — falou caçarola.

— Uma hora a unha sempre arranha a carne...— falei.

Caçarola ficou calado do meu lado sem dizer nada.

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