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Indo pro labirinto

Thomás

Eu e Minho seguimos em direção ao labirinto, cada passo que eu tava eu sentia um peso maior, aquilo não era certo, Newt havia dito pra Minho que não queria ver ninguém no labirinto novamente tão cedo, ele iria ficar um fera se descobrisse que eu e Minho fomos ao labirinto de novo e ainda sem autorização dele. Olhei pro anel de madeira que eu havia feito pra mim e pra Newt, ele agora é meu namorado... ele vai me perdoar por isso, é por um bem maior, se um dia eu tirar ele daqui ele vai me agradecer, né?

Quando eu e Minho entramos no labirinto ambos sentiram o cheiro desagradável de lá no mesmo instante, e o frio daqueles muros de pedras também. De manhã cedo o labirinto parecia mais assustador do que o normal. Eu não sabia pra onde tava indo, estava apenas seguindo Minho, eu vi que ele em cada lugar que nós passávamos ele fitava cada canto, cada lugarzinho, cada fresta, como se procurasse por algo específico. Eu sentia aquela angústia, aquele sentimento ruim, igual ao que eu tava quando fiquei preso aqui no labirinto junto com o Newt, como se a qualquer minuto eu pudesse morrer, como se cada cada parede me observasse atentamente, como se tivesse algo ameaçador atrás de mim e eu não conseguisse ver.

— A gente tá indo pra algum lugar específico? — Perguntei para Minho.

O asiático apenas negou com a cabeça sem tirar a atenção dos muros, ele tava sério, era estranho ver ele sério, a maioria do tempo Minho tava com um sorriso debochado ou com um comentário sarcástico na ponta da língua. Mas agora não, eu podia distinguir que ele tava sentindo aquela sensação, a sensação de que a cada suspiro que você solta vem mais pesado do que o outro, que cada passo que você dar é como se suas pernas fossem falhar e te abandonar, a sensação de pânico e medo que o labirinto trazia para todo corajoso que decidisse entrar lá.

— Você tá calado... — Falou Minho.

— Você também, coisa que não é costume seu. — Respondi.

— Tô sentindo que esse lugar tá diferente, os muros ainda são os mesmos, as plantas também, mas é como se, aqui tivesse ficado com um ar pior, eu não sei explicar. — Falou o Asiático.

— Talvez você esteja certo , você mapeia esses muros a 3 anos Minho e você é o encarregado dos corredores, você mais do que ninguém conhece esse labirinto. Talvez... matar aquele verdugo tenha mudado alguma coisa, alguma coisa boa ou alguma coisa ruim... eu não sei. — Falei para Minho.

— É difícil dizer quando cada canto aparenta está igual a da última vez que eu vi. — Falou ele.

Soltei um suspiro pesado.

— Aqui fica cada vez mais estranho e pior quando eu lembro da noite que eu e o Newt passamos aqui. Um noite que nunca vou esquecer. — Sinto um arrepio percorrer meu corpo quando eu termino de falar.

— Essa noite deve ter arrecadado um trauma entanto pra vocês dois.. — Falou Minho.

— Sim.. com toda certez.. — Eu tava falando até que Minho para de andar e faz um sinal pra eu ficar quieto.

— O que foi? — Perguntei confuso parando ao lado de Minho.

Ele fica encarando calado uma área grande com um número 7 gigantesco desenhado numa parede. Observo os olhos dele fitarem cada canto daquela área, voltei meu olhar para aquela área também, eu não via nada incomum, Minho já havia me mostrado aquela parte outras vezes, para mim era uma área qualquer, como qualquer outra, não tinha nada demais aos meus olhos.