A manhã seguinte trouxe um novo vigor para Clara. O sol ainda não tinha aparecido completamente no horizonte quando ela acordou, mas a luz suave da madrugada já anunciava um dia promissor. Clara sentiu uma excitação no ar, como se algo especial estivesse prestes a acontecer.
Descendo as escadas, ela encontrou Dona Helena já ocupada na cozinha, o aroma de pão fresco e café enchendo o ar. - Bom dia, mamãe, - disse Clara, sorrindo ao ver a mesa preparada com um café da manhã reforçado.
- Bom dia, minha querida. Dormiu bem? - perguntou Dona Helena, servindo uma caneca de café para Clara.
- Sim, muito bem. Estou pronta para mais um dia, - respondeu Clara, sentando-se à mesa. - Hoje temos muito trabalho pela frente, mas estou animada.
Enquanto comiam, Dona Helena mencionou uma novidade. - Recebi uma carta do senhor Martins, o comerciante da cidade. Ele está interessado em comprar uma grande quantidade das nossas maçãs para vender no mercado. Parece que nossos produtos estão ganhando fama.
- Isso é maravilhoso! - exclamou Clara, seus olhos brilhando. - Precisamos nos preparar bem. Será uma grande oportunidade para expandirmos nossa clientela.
- Sim, mas também significa que precisamos garantir que todas as maçãs estejam perfeitas. Qualidade é tudo, - disse Dona Helena, com um olhar sério.
Depois do café, Clara e Dona Helena começaram os preparativos. As maçãs colhidas no dia anterior foram cuidadosamente inspecionadas, lavadas e embaladas. Cada caixa foi etiquetada com o nome da fazenda e a data da colheita, um detalhe que Clara sempre considerava importante para mostrar o frescor dos produtos.
Joaquim chegou logo após o nascer do sol, pronto para ajudar. - Bom dia, Clara! Pronta para mais um dia de trabalho? - perguntou ele, já pegando uma cesta para começar a inspeção das maçãs.
- Bom dia, Joaquim! Com certeza. Temos uma grande encomenda para preparar, - respondeu Clara, animada.
Enquanto trabalhavam, a conversa fluía naturalmente entre Clara, Joaquim e Dona Helena. Falaram sobre as expectativas para a venda, os planos para expandir a produção e até mesmo sobre a possibilidade de explorar novos mercados na região.
- Acho que poderíamos considerar a produção de geleias e compotas, - sugeriu Clara. - Muitas pessoas adoram produtos artesanais, e seria uma ótima maneira de utilizar as frutas que não estão perfeitas para venda in natura.
- É uma excelente ideia, - concordou Joaquim. - E poderíamos vender essas compotas nos mercados locais e, quem sabe, até em feiras maiores.
A manhã passou rapidamente, e ao meio-dia, eles já haviam preparado a maior parte das caixas para a entrega. Clara sentiu-se orgulhosa do trabalho realizado. Sabia que estavam prontos para aproveitar a oportunidade que o senhor Martins oferecia.
Depois do almoço, enquanto carregavam as caixas no carro de Joaquim, Clara notou uma movimentação no vilarejo. Um grupo de pessoas se reunia na praça central, e parecia haver um burburinho de excitação no ar.
- O que será que está acontecendo? - perguntou Clara, curiosa.
- Vamos até lá depois de terminar aqui e descobrir, - sugeriu Joaquim.
Com as caixas finalmente carregadas e tudo pronto para a entrega, Clara, Joaquim e Dona Helena se dirigiram à praça central. Ao chegarem, encontraram um grupo de moradores reunidos em torno de um cartaz recém-afixado.
- Festival de Colheita de Valedourado, - leu Clara em voz alta. - Uma celebração para todos os produtores locais, com competições, apresentações e feira de produtos.
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O Encanto da Colheita: Um Dia no Campo
RomanceEm um pequeno vilarejo pitoresco, Clara é uma jovem agricultora conhecida por sua alegria contagiante e paixão pela vida no campo. Em um lindo dia de outono, Clara sai para colher maçãs em seu pomar, um ritual anual que simboliza prosperidade e uniã...