Art Heist, Baby! [concluído] + capítulos extras

16. Chá na Cama

Dizer que James estava feliz seria um grave eufemismo. Ele estava voando, flutuando, subindo através das nuvens durante os últimos dias. Os dias estavam sendo iguais para todos eles por conta de Regulus Black.

Regulus era muito mais reservado do que James em público, ele sempre estava hiperconsciente da presença de outras pessoas o tempo todo, e do lado de fora parecia que ele estava mais frio com James do que antes. Ele evitava fazer contato visual com ele na aula, chamava os outros antes de reconhecer a mão levantada de James e sentava-se o mais longe possível dele durante as refeições.

James não prestou atenção nisso porque o que os outros não viram foram as mãos de Regulus o puxando para uma pequena sala escondida no terceiro andar quando ninguém estava por perto, ou os toques dissimulados e beijos rápidos na cozinha que eles compartilhariam quando James estava fazendo o jantar, ou os olhares afetuosos que Regulus dava a ele quando ninguém mais estivesse por perto. E eles certamente não viam James descer as escadas quase todas as noites para entrar no quarto de Regulus.

As noites que ele passava com Regulus eram suas favoritas em uma longa lista de coisas favoritas que ele começou a fazer quando se tratava de Regulus. Seu quarto era aconchegante e sempre cheirava a canela e chá. Ainda havia um milhão de coisas espalhadas por toda parte, livros, gráficos, e representações em close de detalhes de arte. James não se cansava de olhar para tudo isso, era um pequeno vislumbre da mente de Regulus. Ver todas as coisas nas quais Regulus se inspirava, achava importante, queria examinar, para James, era mais valioso do que qualquer soma monetária. Ele tentou absorver tudo, guardá-lo em um lugar especial em sua mente.

Ele observou também quando Regulus começou a baixar lentamente suas barreiras. Quando ele lia silenciosamente e mal deixava James deitar ao lado dele na cama, para quando ele começou a se aconchegar perto dele com seu livro, cantarolando em apreciação enquanto James passava os dedos pelos cabelos. Observou enquanto ele passava de entrelaçar seus dedos timidamente com os de James para pressionar beijos suaves em sua palma. Enquanto ele passava de observações silenciosas a longos discursos sobre o que quer que estivesse pensando ou lendo. Regulus estava diminuindo e fluindo como as marés, revelando-se pouco a pouco e depois recuando, mas ele sempre voltaria, e cada vez que o fazia, ele estava um pouco mais seguro, um pouco mais corajoso.

Naquela quarto, Regulus e James existiam completamente separados de qualquer um e qualquer outra coisa, e ele tinha certeza absoluta de que poderia passar todos os dias lá sem falta de comida ou água, desde que estivesse com Regulus.

"Sabe, eu estive pensando sobre depois do assalto," James murmurou uma noite no cabelo de Regulus, seus braços em volta dele, segurando-o delicadamente contra seu peito nu.

"Esteve?" Regulus suspirou sonolento, de costas para James.

James sabia que provavelmente deveria tentar dormir também. Eles tinham cerca de quatro horas sólidas antes de Regulus acordá-lo, sussurrando em seu ouvido para subir as escadas antes que os outros acordassem. Nenhum dos dois dormia quando estavam juntos, mas isso nunca parecia incomodar Regulus, que estava sempre pronto no dia seguinte com a mente afiada como sempre. James, por outro lado, havia adquirido o hábito de Evan de adormecer na mesa do café da manhã.

"Estive," James cantarolou. "E ainda bem que você não fez nenhum plano porque eu fiz milhares para nós."

A respiração de Regulus ficou presa na garganta enquanto James continuava.

"Vamos fazer de tudo, as possibilidades são infinitas. Vou levar você a um planetário para que você me conte tudo sobre as estrelas e as constelações porque sei que você gosta desse tipo de coisa. E eu quero te levar a um parque de diversões com montanhas-russas e rodas-gigantes, e sei que você vai reclamar o tempo todo mas eu te compro algodão doce em troca de continuar na roda gigante comigo. E vamos viajar também. Você pode me levar para a França e me mostrar todos os seus lugares favoritos, todos os cafés que você gosta e as bibliotecas locais. E podemos ir a todos os museus de arte da Alemanha e de Amsterdã, certamente haverá algum que você ainda não viu. E podemos visitar Evan em Las Vegas. E então iremos para o Br-"