Agora Eu Sou Um Jogador - Drarry [Reescrita]

Negócios e Amigos de carta

Capítulo 6

–Venham, crianças –Narcissa nos segurava pela mão, tanto eu quanto Draco, nos guiando em direção ao grande salão da mansão Malfoy –A festa já está começando

Era véspera de natal e tínhamos um chato jantar de comemoração para assistir. Esse ano era diferente, não seria um simples jantar em família, como todos os outros anos. Famílias de todos os cantos da Inglaterra se encontravam na mansão Malfoy de tempos em tempos com um único objetivo:

Negócios

Dinheiro, política e interesses. As três coisas que moviam aquele lado do mundo bruxo e também as três coisas que ainda me mantinham com vida

Era a primeira vez que todos os nossos novos aliados estariam reunidos cara a cara e era óbvio que estariam curiosos para ver o garoto que fez todos esses comensais virarem a casaca

Nervoso, eu? Imagina

Só pense que qualquer movimento errado seria o bastante para perder um aliado e perder um aliado seria devolver para o lorde das trevas uma pessoa que já sabia demais sobre as minhas alianças

Eu não tinha motivos para estar nervoso, certo?

–Preciso cumprimentar pessoas –Sussurrei para Draco

Narcissa já havia soltado nossas mãos e foi caminhando em direção a um grupo de adultos, com taças de champanhe e roupas caras

Draco fez careta

–Vai me deixar sozinho? –Além da careta, também tinha um bico emburrado

–Não... Não é isso –Segurei ele pela mão –É que eu preciso mesmo

Me olhou nos olhos. Apesar de pequeno, era muito espertinho. Não precisei de muito para convencê-lo a me deixar, mesmo que um pouco insatisfeito

Havia notado que eu não tinha escolha. Era mesmo uma boa criança

–O que eu faço enquanto espero? –Baixou os olhos e inflou as bochechas

Quando fazia aquela cara, parecia uma pelúcia de tão adorável

–Lembra daquelas crianças que trocamos cartas? –Os olhos do loiro brilharam em compreensão

–Pankinson e Zabini? –Sorriu só por lembrar os nomes

Suas famílias eram muito próximas, assim como a minha e a de Draco. Depois de passarem para o nosso lado, devem ter incentivado seus filhos a trocarem cartas conosco

O que era pra ser só interesse virou algo bem maior. Pansy Parkinson era uma filha mimada pelos pais, mas era uma boa criança. Blaise Zabini, por outro lado, só tinha a mãe, mas que valia por dois. Não tinha jeito de não virarmos amigos, afinal, era do destino que estávamos falando

Não eram tão mesquinhos quanto eu me lembrava no passado. Ainda tinha a chance de ajudá-los, para que não tivessem o mesmo destino desastroso, assim como estava tentando fazer com Draco

–Vamos nos ver pela primeira vez –Sabia que, para o loiro, aquela seria a melhor forma de passar o tempo enquanto me esperava –Que tal se você procurá-los e depois eu me junto a vocês?

Ele pareceu, finalmente, aceitar se separar de mim por algum tempo

–Tá! –Me puxou para um abraço rápido e gargalhou no meu ouvido

Ainda não sabia explicar o quanto a risada daquele garotinho me fazia bem

Cada abraço, cada brincadeira, cada sorriso era mágico. Sentia que estava tendo algum progresso e que todo o meu esforço estava servindo de algo