CAPÍTULO 6 -BALAS DE IOGURTE-

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Stepanie Barnes

Raiva, era isso que eu sentia, esse primeiro almoço só havia me trazido raiva, essa garota Caterine, com certeza iria fazer o melhor dela pra me estressar o máximo que pudesse.

- Mas você não pode desistir por causa da meio irmã babaca e a mãe que passa pano pra meio irmã babaca.

Zoe tentava me encorajar pelo celular.

- Por sorte ela não é nem total, nem meio, nem nada, ela não é filha de sangue do meu pai, então ela não chega a ser nada minha...eu acho.

Respondi, eu estava deitada na cama, que por sinal era muito confortável e macia, deveria ser molas ensacadas, na real eu não entendia nada de colchão, mas todo mundo fala do tal mola ensacada, então deveria ser.

- Eu não permito que você desista Step, você ainda vai conhecer muita gente, vai fazer amigos, só não esquece de mim hein - Zoe me alertou e depois riu, Zoe parecia estar andando na rua, mas mesmo assim estava em ligação comigo - Você nem começou a escola pra saber se é tão difícil assim, não pode tirar conclusão só por que essa encrenqueira falou.

Talvez ela estivesse certa, eu deveria tirar conclusões por mim mesma, depois de entrar naquela escola, e ver com meus próprios olhos.

- O Chris, o irmão legal me chamou para uma festa, hoje mesmo.

Zoe ficou animada no mesmo minuto.

- E obviamente você vai né!

- Bom eu não sei, cheguei aqui hoje e já vou pra festa, eu nem sou de festa...

- Não é de festa por que é besta!  acredite se quiser, aqui o professor já passou prova, não podemos nem curtir - Zoe me interrompeu

- Que filho da puta - falei me levantando da cama incrédula.

- Pois é, então faça um favor, e se divirta por mim - Zoe sabia como me convencer.

Eu sorri, e ela sabia que aquilo era um sim, então ela comemorou sua vitória.

- Você tem que ir linda hein - Zoe me falou.

- Pra quê? Eu não preciso arrumar namorado.

- Meu Deus que século você vive, você não se arruma pra arrumar namorado, você se arruma simplesmente para arrasar - ela me explicava sem paciência.

- Tudo bem então madame.

Eu não ligava tanto para aparência, geralmente colocava a primeira roupa que via, eu até me considerava aceitável para sociedade, mas não me importava, tudo bem se as pessoas me acharem feia ou bonita, essa opinião não era tão importante.

***

Toc-Toc

Eu bati na porta de madeira escura do quarto de Chris, e em poucos segundos ele a abriu

- Pode entrar, fique à vontade - me disse se deitando na cama, onde provavelmente estava antes que eu batesse em sua porta.

Antes que eu falasse qualquer coisa, perdi minha atenção na decoração super 'uau' do quarto de Chris, era tudo tão colorido. Havia uma parede com um grande espelho e pôsteres em volta, alguns do Harry Styles, que eu reconhecia ser do álbum "Fine Line", outros do Queen, até mesmo da Lana del rey, alguns discos de vinil ao lado de uma estante cheia de estatuetas, tinha uma fita de led envolta do teto, um tapete enorme e redondo com estampa de zebra, uma grande bandeira lgbt na parede, acima da cabeceira da cama, cada mínimo detalhe do quarto era único, era um quarto tão expressivo e cheio de informação.

Vermelho, paixão e sangue- Delírio VulnerávelOnde histórias criam vida. Descubra agora