À Luz do Dia

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ESSA HISTORIA ESTA SENDO TRADUZIDA POR MIM.

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Mina apertou os olhos sob o céu brilhante, o sol da tarde ainda alto e irradiando sobre o Distrito de Stohess

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Mina apertou os olhos sob o céu brilhante, o sol da tarde ainda alto e irradiando sobre o Distrito de Stohess. Era um dia anormalmente úmido, e ela podia sentir a camada de suor se acumulando ao redor da testa, com a nuca úmida. Ela franziu os lábios, esperando que o grande chapéu de palha oferecesse proteção suficiente para evitar que seu rosto empolado suasse sob o sol. Fazia algumas semanas desde sua última visita acima do solo, e ela estava tendo dificuldade em ajustar os olhos ao céu azul brilhante. A cidade estava movimentada, famílias aproveitando o belo clima, agitando-se pelo mercado, sorrisos brilhantes e rostos alegres.

Mina caminhava devagar, mantendo seu ritmo constante e casual com aqueles que vagavam ao seu redor. Ela se certificava de olhar para cima ocasionalmente, como se estivesse apreciando a vista e  os sons do dia, sempre virando o rosto para longe daqueles que estavam por perto, para evitar olhares prolongados sobre as marcas identificáveis em seu rosto, que só podiam ser cobertas à distância, apenas atenuadas sob o pó facial barato. Ela olhou para a direita, captando rapidamente o olhar de Niklas, vestido com calças, uma camisa leve e um colete, um chapéu puxado para baixo, um sorriso encantador enquanto conversava com um homem na barraca do mercado. Não importava para ele se ele chegasse muito perto, pois, ao contrário dela, ele era apenas mais um rosto comum em uma multidão comum. Como se sentisse seu olhar, ele levantou rapidamente os olhos, captando os dela antes de olhar para o homem que ela estava seguindo. Ele lhe deu um aceno rápido, uma confirmação de que ela havia encontrado seu alvo, antes de voltar sua atenção para o homem na barraca do mercado, a troca silenciosa entre eles tão sutil e rápida que ninguém teria notado nada fora do comum. Mina virou-se para frente, com os olhos fixos no homem que ela vinha seguindo nos últimos vinte minutos; com certeza, era o mesmo homem que Niklas havia notado uma hora antes. Seu aceno havia confirmado isso. Seus olhos se fixaram em sua mão direita enfiada no bolso das calças.

Ela contou os segundos enquanto mantinha o passo com ele. Ele puxou a mão de volta para fora, o relógio de bolso dourado apertado na palma da mão, levantando-o até o rosto antes de colocá-lo de volta no bolso. A cada trinta segundos ou mais, ele fazia esse movimento; Mina supôs que ele estava com pressa e ansiosamente verificando a hora.

Ótimo. Ela pensou. Sua atenção já esta pequena... seus pensamentos em outro lugar. Distraído.

Mina acelerou o passo, apenas um pouco, ouvindo o som de suas botas gastas batendo nas ruas de paralelepípedos, a conversa no ar, risadas estrondosas. Ela tinha uma pequena janela de tempo para pegar o relógio, sabendo que precisava obtê-lo não mais do que alguns segundos depois de ele tê-lo retornado ao bolso. Isso lhe daria tempo suficiente para sair de vista antes que os trinta segundos se esgotassem e ele o alcançasse novamente para verificá-lo. Sua atenção se tornou mais intensa, sem desviar os olhos dele. Ela só podia ver a parte de trás da cabeça dele; o cabelo ligeiramente grisalho penteado para trás de maneira impecável, a inclinação de seus ombros sob o casaco impecável. Ela se perguntou o que significaria para ele perder seu relógio de bolso. Ela olhou novamente para o casaco, os sapatos impecáveis, a rapidez de seu andar.

EQUINÓCIO | Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora