quinze

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Han Ariel quase se jogou de encontro aos alfas ao vê-los machucados, nunca imaginou que vivenciaria um momento tão assustador, sua intuição de que havia algo errado estava certa o tempo todo.

Ele se agachou, enquanto seus braços iam de encontro a Yasuhiko e Hayun, sentindo o cheiro do sangue deles misturado com o ar frio da noite.

Estavam respirando, com certa dificuldade, mas continuavam vivos, com ferimentos visíveis em seus rostos.

Hayun tinha marcas arroxeadas por toda a pele visível, seu lábio estava ferido e sangrava, havia um corte em uma de suas sobrancelhas e ao que tudo indicava estava ferido por todo o abdômen, tendo certa dificuldade para respirar.

Saito era o que menos havia se ferido, mas todo seu rosto estava marcado pelo que pareciam serem marcas de soco, seu nariz estava avermelhado e sangrando, uma de suas mãos segurava firmemente Hayun contra si, como se tivesse medo de que alguém viesse e o maltratasse de novo.

— Vocês… — Ari não conseguia falar, impedido pelo nó na garganta.

— Petit… — Yasuhiko soltou um resmungo de dor, encarando o ômega, seus olhos brilharam ao vê-lo, sabendo que tudo ficaria bem.

— Shh, estou chamando um carro, vamos ao hospital, vai ficar tudo bem, ok? Tudo vai ficar bem — Ariel respirou fundo, não podia se deixar ser tomado pelas suas emoções, precisava agir para que os alfas recebessem a ajuda de que precisavam, mesmo que só quisesse deitar em posição fetal e chorar pelo medo, forçou-se a manter o foco, discando o número de seu ex-motorista, Chung.

A cada segundo que aguardava, Ari era tomado pelo pânico, parecia que estava demorando uma eternidade para chegar, queria chorar e se lamentar, mas aguentou firme por eles. Soltou um suspiro de alívio ao ver o carro se aproximando o máximo que podia, levou cerca de dez minutos até Chung aparecer.

O homem desceu do veículo e rapidamente foi de encontro a eles, ajudando Yasuhiko a se manter em pé, enquanto Ariel fazia o mesmo com Hayun, levando-o em direção ao automóvel.

— Rápido, por favor — Ari pediu, sentado no meio de Hayun e Saito, no banco de trás.

— Pode deixar — Chung respondeu, pisando no acelerador — Mantenha eles acordados, senhor, não sabemos se tiveram alguma pancada forte na cabeça, converse com eles — instruiu.

— Quem fez isso? — Ariel perguntou aos outros dois, esperando respostas, ambos estavam apoiados em cada um de seus ombros.

— Arie… não acho… — Hayun sussurrou, mas assustou-se ao ser interrompido bruscamente.

— Agora, eu quero saber, preciso saber. Quem fez isso com vocês dois? Não me façam descobrir sozinho. Ou teremos problemas.

Yasuhiko suspirou, sabia que precisava falar, então explicou, desde o começo, quando foi se encontrar com o ex do ômega, Choi Haneul, e causou uma breve briga. Imaginou que tenha sido ele quem havia mandado capangas para se vingar, esperando um momento em que estivesse sozinho com Hayun, sabendo que estaria tocando em seu calcanhar de Aquiles.

Restou a Saito implorar para os homens pararem de bater em Hayun, em determinado momento quando foi segurado por três deles e obrigado a assistir os outros dois espancando seu alfa. Aquele era seu castigo por ter sido teimoso e impulsivo e não dar ouvidos a Ariel quando ele pediu para que não tentasse nada contra Haneul, sabendo que resultaria em estrago.

— Filho da puta… — Ariel sussurrou baixinho, sentindo seu corpo ferver de raiva.

— Me desculpe — Yasuhiko pediu, sôfrego, sentia dor em cada parte do seu corpo.

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