"EU AMO VOCE, OLIVER BARTON!"

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O meu pai costumava me dizer que as coisas ruins ou situações ruins são necessárias para a gente poder crescer na vida. Já a minha mãe, ela dizia que se tem que tomar uma decisão ruim é porque existe a opção de tomar uma decisão boa, pois não existe o bem sem o mal. O meu único problema é que as vezes eu não sei diferenciar o mal do bem, aliás...ninguém escolhe o mal por ser o mal, apenas o confundimos com felicidade.

Eu estava na minha cama e estava assistindo alguns documentários para me ajudar a estudar para a semana de provas que iria entrar. A semana antes das provas eu não vou poder ir por conta da facada que a maluca da fantasma me deu. A lizzie havia ido no enterro do Fernando e só iria voltar a noite.

A porta do meu quarto se abriu e o augusto apareceu com um vaso de flores comuns que eu tanto gosto

- Desde quando você é tão carinhoso? - Eu pausei o documentário e me sentei na cama - Flores comuns!

- Eu prefiro flores raras, as comuns se encontram em qualquer lugar

- Mas não é todos que enxergam ou valorizam a beleza delas. As raras todos querem, augusto - Ele colocou no meu colo o vaso de flores e tinha um cartão

- Você é tão clichê, Oliver - Eu revirei os olhos e ele sorriu - Essas flores não são minhas, já estavam na porta quando cheguei - Eu fiz uma cara confusa e abri o cartão.

"Espero que esteja bem, meu amor! Sei que essas flores são as suas preferidas, assim como na sua casa de campo.

Um beijo, mel!"

Essa mulher é o diabo em pessoa! Que raiva! Ela não vai me deixar em paz tão cedo!

Eu peguei o vaso e joguei no chão e o mesmo quebrou.

- O que foi, liv? - O augusto pegou o cartão e leu - Precisamos dar um jeito nessa mulher!

- Não posso me livrar dela de qualquer jeito, augusto. Ela tem alguém que sabe de tudo e pode me entregar assim que eu fizer algo a ela - Eu tentei me levantar, mas falhei - Droga!

- Fica calma e não faz esforço! - Ele se sentou ao meu lado na cama e me abraçou - Talvez eu consiga fazer um acordo com ela

- Ela não quer dinheiro, ela quer vingança! - Eu respirei fundo e deitei a cabeça no peito dele - Temos que descobrir quem é essa tal pessoa

- Eu vou acionar os nossos detetives, não se preocupe - Ele começou a acariciar o meu cabelo e eu consegui ficar mais calma e então me veio uma ideia

- Eu já sei! - Eu encarei ele com certa empolgação e ele riu - Para ganhar tempo eu posso entrar no jogo dela

- Como assim? Que jogo?

- Tudo indica que ela ainda gosta de mim, augusto. Posso tentar seduzi-la e ganhar tempo para descobrir quem é o idiota que está dó lado dela

- E acha que consegue? - Eu fiz uma cara de tédio e ele riu - Sei que consegue, só tome cuidado, ok?

- Vou tomar cuidado, principalmente para a lizzie não descobrir - Eu voltei a deitar a cabeça no peito dele e ele voltou a acariciar o meu cabelo - Se a lizzie descobrir, ela vai achar que estou traindo ela

- Não acha que deveria ser sincera com ela e contar a verdade?

- Ela não vai aceitar ou perdoar as coisas que eu fiz, Gus! - Eu respirei fundo - Principalmente o fato de eu ser responsável pela morte do Fernando

- Ele morreu por complicações médicas, liv. Não foi sua culpa, mesmo sendo a sua intenção - Ele deixou uma pequena risada sair e eu belisquei ele - Aí! Foi mal!

A OBSESSÃO | ROMANCE LÉSBICO Onde histórias criam vida. Descubra agora