Um Passo Para Frente, Dois Para Trás

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Notas da autora:
E AQUI ESTAMOS! O enredo de verdade começa agora, e a gente levou um tempinho para chegar aqui.
Alertas de gatilho: ofensas homofóbicas (*fag e queer), no fim do capítulo.

*NT: Traduzidos para ofensas "genéricas" no português, esses termos, no inglês, trazem uma bagagem social maior.
• "Queer" foi reivindicado como um rótulo da comunidade LGBTQ+, mas, no contexto da história, estamos em tempos que seu uso é pejorativo.
"Fag" é tratado como uma ofensa gravíssima (slur) contra homens gays até os tempos atuais (e é preferível que apenas os mesmos pronunciem a palavra).

+ Desculpem a demora em atualizar as traduções. Eu tenho brigado com meu próprio ritmo e processo criativo, mas as coisas vão melhorar.

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Seguir Randy, Dewey, e, eventualmente, Gale, provou-se surpreendentemente fácil. Em especial, dado à paranoia deles respeito do assassino em potencial estar na sua cola.

Exceto por, de vez em quando, olharem sobre os ombros, eles pareciam mais focados em antecipar um ataque a elaborar um plano sólido. Para Billy, isso não soava como uma estratégia. Eles terem sobrevivido à matança anterior é apenas mais uma prova de como seu plano foi por água abaixo.

Isso quase o deixou envergonhado, se não, profundamente irritado.

Encontravam-se vadiando, sentados debaixo de uma árvore, a fingir que eram estudantes normais aproveitando o intervalo; alheios à uma provável aparição de Ghostface em plena luz do dia. Esse seria um movimento arriscado, considerando que estavam no pátio principal. Parte de Billy duvidava que ele seria burro (ou corajoso) o suficiente para tentar, e Stu ainda mais. Nem mesmo eles arriscariam tal ataque, mas, aderindo às 'regras' das sequências, isso daria uma morte e tanto.

De todo modo, Billy tinha zero intenções de sair dali até que isso acontecesse. Eles conheciam a própria sorte bem demais - no momento em que abaixarem a guarda, o assassino iria se espreitar, e tudo estaria acabado se eles falhassem.

Randy, Gale e Dewey se sentaram no campo, engajados na conversa. Billy não se importou em bisbilhotar; o papo-furado deles pouco importava.

Do absoluto nada, Randy pega um telefone-celular, levanta-se e olha ao redor. Billy cutuca Stu, que havia perdido o foco e estava brincando com as folhas do gramado. Ambos voltaram a assistir Randy ficar, progressivamente, mais desconfortável. Billy, em meio a tudo, tirou um segundo para maravilhar-se com a progressão tecnológica. Celulares parecem estar por todo lugar agora.

Não demorou para Gale e Dewey se separarem de Randy, o que o fez parecer bem vulnerável; tal qual um cervo filhote sendo caçado por uma pantera. "Esses caras não aprenderam nada?" Billy os assistiu correrem, perplexos. É como se eles nunca tivessem assistido a um filme de terror. Você não deixa a pessoa que está sendo caçada para trás, a não ser que você queira encontrar um corpo mutilado!

Enquanto relutantes em potencialmente salvar Randy, eles não se importavam de fato se ele viveria ou morreria - ele era a isca. Randy atraiu o foco do assassino, então, agora, era irrelevante; não significava que iriam pular para salvá-lo.

Observaram ele abordar pessoas no telefone, desavisadas e inocentes. Ele parecia arrogante - até demais para um cara que foi baleado e só sobreviveu porque Sid estava lá para derrotar Billy e Stu. Mesmo que, obviamente, aquela soberba fosse sua tentativa de esconder o quanto apavorado estava, Billy podia sentir o seu desespero no ar.

E então, Randy parou próximo a uma van. Sua voz elevou, parecendo gritar algo ao telefone, inaudível para Billy e Stu. Até que ele foi arrastado para dentro do veículo com agressividade.

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⏰ Última atualização: Jun 21 ⏰

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