Yeonjun se considerava uma pessoa de boas, ele curtia andar de skate, ajudava o Soo a cuidar da casa, em geral ele era o relaxado dos irmãos, mas agora não se sentia assim, agora se deparava com coisas mais esquisitas do que ser comprado para um casamento.
Toda aquela conversa tinha lhe deixado aflito, mas nada chegou aos pés do lago subterrâneo que agora via diante de si, com escadinhas que iam descendo até sumir no fundo que não podia ser visto. Ele não tinha exatamente medo de água, mas não gostava de piscinas ou praias e não sabia nadar. Soobin ao seu lado lhe olhou preocupado, mas antes que fizessem algo, o homem que se chamava Yunho e com quem Tae parecia ser especificamente implicante veio para o seu lado e lhe olhou nos olhos:
— Algum problema, petit?
— Yeo não sabe nadar e ele evita piscinas desde criança, não há outro caminho?
O homem olhou dele para Soobin e então puxou Yeonjun para os seus braços dizendo baixinho:
— Feche os olhos, eu vou te levar pela ponte, basta apenas encher os pulmões de ar e contar até sete quando eu pedir, consegue isso? Eu estarei com você e não vou te lagar ou deixar que se afogue.
Yeonjun não era naturalmente desconfiado como Tae, mas também não era crédulo como Kai, ele se considerava ponderado, porém a voz com que aquele homem lhe falou passava segurança e ele sabia que não havia muito a ser feito, eles iriam com aqueles homens de um jeito ou de outro. Eles eram seus 'noivos' agora.
Yeo assentiu e o homem lhe pegou no colo descendo pelas escadinhas e seu corpo estremeceu ao sentir a água que estranhamente era morna ao tocar sua pele. Quando a água cobriu seu corpo, ele se agarrou mais ao corpo do maior e ouviu sua voz tranquila de novo:
— Feche os olhos e conte até sete. Fique tranquilo, eu serei rápido.
Yeonjun agarrou mais o pescoço e fez o que ele pediu e logo sentia afundar naquele lago morninho como banho de verão. Sabia que estava agarrado ferozmente ao corpo do outro, mas não podia fazer nada sobre isso. Ele realmente tinha horror de água funda.
Porém ainda assim contou e rezou como nunca antes e quando sentiu que o número seis já era demais e que ia se afogar, sentiu uma boca cobrir a sua e ar entrar para o seu corpo o fazendo sentir calma o suficiente e logo sentiu seu corpo sair da água naqueles braços e pode abrir os olhos e buscar ar para seus pulmões aflitos e o que seus olhos viram... Foi chocante: Parecia uma espécie de templo que cercava aquele lago, com duas pilastras cobreadas imensas que sustentavam uma espécie de caverna com a boca imensa aberta para um deserto, porém o mais chocante era aquele planeta com anéis no céu como se fosse uma gigante lua de mais de cem vezes o tamanho e coloração azulada. Aquela lua tinha uma lua... Era completamente estranho! E no horizonte tinha o que parecia ser um palácio ou sei lá, branco imponente com outras construções mais baixas...
Ele foi colocado no chão de ladrilhado e Yunho lhe disse com voz orgulhosa:
— Bem-vindo ao meu lar, petit, espero que em breve considere este o seu lar também.
— Aquilo... é um planeta?
Perguntou ainda chocado com a imensa bola azulada no céu. O homem ao seu lado deu um risinho e respondeu:
— Sim, estamos na época do ano que nosso planeta e ele ficam próximos, no inverno mal o vemos, como um pequeno ponto do céu.
— Ele é habitado?
De repente se sentiu como seu irmão Beomgyu, curioso e nerd, mas não conseguiu parar a si mesmo.
— A atmosfera é muito agressiva a humanos, mas há vida adaptada lá, muito selvagem. Preferimos deixar intocado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contrato indissolúvel
RomanceOnde oito irmãos compram cinco noivos para um casamento às pressas. Não há volta desse contrato, mas os jovens noivos vão dar conta de tudo o que será exigido deles agora?