— Você devia ter nos chamado mesmo assim, Soo.
Taehyun disse levemente estressado enquanto Beomgyu olhava atentamente para o irmão mais velho que parecia um pouco perturbado.
Tinha acordado de um longo sono sem sonhos e não se recordava de ter dormido tão bem há muitos anos, sinceramente. Então ouviu Tae chamando Soobin e logo entrando em seu quarto com olhos em chamas:
— Soo desapareceu.
— Ele pode só ter saído para dar uma volta, mas Tae não me ouve.
Yeonjun disse entrando em seu quarto também e revirando os olhos. Beo suspirou. Podia ser as duas coisas, uma delas ou nenhuma, porém ele se sentia responsável quando seu irmão estava fora, por isso se sentou na cama e olhou para os irmãos de forma séria:
— Vamos descer e descobrir.
E foi assim que saíram da torre deixando Kai para trás depois de tentar acordá-lo sem sucesso com ele reclamando que queria dormir mais e que lhe deixassem em paz. Beo não julgava, afinal ele também preferiria ter ficado na cama do que descido aquelas infinitas escadarias daquele imenso castelo vertical.
Quando chegaram no salão de entrada, viram Soo vir em direção a eles saindo de um corredor lateral e usando uma longa túnica dourada. Atrás dele vinha três dos noivos sendo que um deles estava sem camisa.
Beomgyu corou desviando os olhos e acabou vendo Yunho e Yeosang virem da entrada do palácio triangular e ergueu os olhos para ele e seus irmãos:
— Bom dia, Petits.
E antes que ele dissesse algo, Tae passou por ele e foi em direção ao Soo o afastando dos três homens, ignorando completamente o que estava sem camisa e dizendo de forma abrupta:
— Por que está vestido assim e onde foi?
— Vamos conversar - Soo disse de forma pausada e ergueu os olhos para Beo dizendo claramente que a conversa seria longa – Cadê o Kai?
— Dormindo.
— Usem a sala de estar. É a segunda porta a direita desse corredor.
Yeosang falou apontando o lugar e Soo assentiu dizendo um obrigado baixo e educado.
Beo suspirou e logo sentiu um olhar intenso sobre si e ao erguer os olhos viu os de Jongho para si intensos e fortes, o fazendo se recordar do beijo que eles trocaram ainda na casa deles em seu mundo. Sua pele se arrepiou instantaneamente, mas o momento foi quebrado pela voz de Tae lhe chamando. Então eles entraram na tal sala e Soobin contou a eles o que aconteceu.
Agora, ainda podia sentir a intensidade daquele olhar possessivo. Aquele olhar... Que dizia muitas coisas...
— Não, foi melhor desse jeito, aquele livro... Vocês não precisam disso.
— Somos irmãos, temos de passar pelas coisas juntos, lembra?
Taehyun disse firme e Soo sorriu triste:
— Não, Tae, podemos ter uma vida melhor aqui sem mais sofrimentos... Agora somos oficialmente casados com eles e temos de aprender a conviver em paz e harmonia.
— Eu sinto atração, vocês não sentem? – Yeonjun disse se erguendo do sofá e olhando ao redor – Eu sinto essa coisa que me empurra para esses homens e a julgar pelos olhares deles, eles sentem o mesmo. Eu entendo o que você disse, Soo e entendo o que fala agora sobre fazer dar certo. Eu estou disposto a isso... E você, Beo?
— Depois daquele beijo que ele deu no 'cara de poker eu não duvido nada.
Tae resmungou consigo e Beomgyu desviou os olhos para a janela alta daquele cômodo. Sim, ele tinha sido beijado e retribuiu, não ia negar, como não ia negar que sentia interesse pelos noivos... Mas se sentia um pouco perturbado pelas emoções que aparentemente eram incontroláveis entre eles...
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Contrato indissolúvel
RomanceOnde oito irmãos compram cinco noivos para um casamento às pressas. Não há volta desse contrato, mas os jovens noivos vão dar conta de tudo o que será exigido deles agora?