Contrato indissolúvel

Casamento - Manhã

  Wooyoung sempre foi considerado dos irmãos o mais descontraído. Mesmos nos tempos sombrios em que ele tinha que colocar constantemente sua vida em perigo em pró da causa, ele ainda fazia com humor e diversão. Tentava ao máximo relaxar seus irmãos e seus amigos, principalmente quando estavam as vésperas de ações extremamente mortais.

Agora, contudo, as condições e a situação era outra, mas sentia na sua pele a mesma ânsia de tentar lidar com isso de forma leve para que as boas relações de irmandade entre seus irmãos e os irmãos de Bang Chan não sofresse alguma ranhura.

Seus irmãos eram possessivos e territoriais, já os amigos eram mais ponderados, porém ciumentos, sempre foram, e por isso mesmo nunca dividiram um amante entre si como Jake e seus irmãos faziam com Arthur e seus irmãos. Em tempos de guerra, amor era impossível, mas eles tentaram juntos e falharam miseravelmente.

Assim ouvir a resolução que Bang Chan e Seonghwa chegaram juntos, após uma noite inteira de discussão, foi para si uma certa surpresa. Todos estavam arrumados para o casamento já, embora a cerimônia foi adiada para tarde devido a esse entrave com o Taehyun.

Taehyun... Gostava dele, sinceramente, mas assim como seus irmãos não sentiu atração alguma por ele como era com os outro quatro, claro que da sua parte não se importou em nada, gostou do jeito dele e para si isso era o mais importante, amor vinha com convivência, intimidade, cumplicidade. A atração era apenas um extra para facilitar uma união.

Mas concordava com os irmãos e com os amigos, se o Universo tinha designado o irmão dos seus noivos para os amigos, então assim deveria ser feito.

July entrou dizendo que os noivos estavam vindo e Wooyoung de desencostou da janela onde estava basicamente em silêncio a espera da solução dos amigos e dos seus irmãos. Ele nunca estava diretamente a frente das coisas, ele era mais manual, como San. Os dois preferiam que as decisões fossem tomadas por eles e só pedissem o seu Sim ou Não, como sempre. San e ele confiava plenamente nos irmãos e o que fosse decidido, estaria decidido. Ponderar não era seu forte, nunca foi. Executar era mais a sua vibe, como diziam no mundo dos noivos.

Jeongin e Felix era quase como ele e San, com a diferença que opinavam ocasionalmente, mais Felix mesmo porque como o médico deles sempre era o mais centrado do grupo. Jeongin fazia algumas caretas de vez em quando, mas parecia acompanhar a discussão com menos interesse do que ele mesmo.

Agora que estavam prestes a falar com o Tae sobre isso, ele parecia mais atento:

— Você acha que vai funcionar?

San perguntou para ele olhando em direção a porta.

Os quatro estavam mais afastados e eram os únicos fora da mesa redonda. Aquela mesa tinha valor sentimental, ela foi encontrada entre escombros de uma antiga casa de jogos quando Seonghwa ainda era criança e ele a reformou, a levou para o esconderijo deles na época e disse que seria nela que eles resolveriam os problemas do mundo. Todo mundo concordou e tinha sido assim desde então. Quando se mudaram para o antigo palácio dos reis do passado, seu irmão fez questão de trazer sozinho a mesa. Era o símbolo deles, o símbolo de todos eles que juntos derrotaram o governo de ANK e libertaram o seu mundo das garras cruéis do seu algoz.

Jeongin balançou a cabeça de forma afirmativa antes de falar:

— Diante das circunstâncias achei a melhor solução, mas como Jongho pontuou, Taehyun é emotivo e emocionado, se ele não concordar, teremos problemas.

San assentiu e Wooyoung quis rir, mas se controlou. Sim, Tae era um evento em si mesmo e sinceramente não sabia como ele reagiria, mas seria interessante mesmo assim.