Foco

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Inspirado na música Confident - Justin Bieber + Chance the Rapper.

Mais um dia na DHPP se iniciara. Desta vez, Anita, Carvana, Lima, Nelson e Verônica estavam na sala de reuniões, onde a delegada ditava sobre como seria a execução de uma operação, findada para prender em flagrante o mais novo criminoso investigado, cujo atraía adolescentes entre 14 e 16 anos para visitar sua "construção", e então, as prendia lá. Não se sabia ao certo o que era feito, pois todas as vítimas sumiam.

Anita estava divina. Usava uma regata vermelha, um colar minimalista e como sempre, seu cordão com o distintivo que indica seu cargo ocupado na delegacia. Juntamente de uma calça jeans preta, nos pés usava um coturno preto. Anita gesticulava enquanto explicava, seu tom autoritário era escutado, sem uma interrupção qualquer, todos respeitavam Anita Berlinger, exceto Verônica, que poderia muito bem ser presa, porém a delegada sempre considerava suas provocações, e ela sabia que gostava.

Torres estava secando a mulher desde o início da reunião, cruzava com força suas pernas e suspirava para tentar se livrar de toda a tensão e atração presente na mesma. Verônica odiava se sentir assim pela mulher mais insuportável e escrota que conhecera em muito tempo, algo em Berlinger a atraía de uma forma indescritível. Umedecera seus lábios ao virar seu olhar para os de sua chefe, vezes até mordia seu lábio interior.

Anita notara o comportamento de Verônica, seu corpo queimava, a delegada adora ser desejada por sua escrivã. A mesma ignorava, até a mais nova morder seu lábio enquanto piscava e suspirava, olhando sua superior de baixo a cima.

— Foco, escrivã. — Anita provocara, com sua voz exalando superioridade. Nelson olhou para a face de Verônica, enquanto a mesma ajeitava sua boca, deixando de morder o lábio inferior que agora estava levemente vermelho. Seu amigo a deu uma cotovelada leve, com um sorriso malicioso estampado no rosto. Verônica revidara a cotovelada na mesma intensidade.

— Estou focada. — Milhares de xingamentos rodeavam a cabeça de torres, ela não estava focada. Na verdade, estava. Porém seu foco era 100% direcionado ao corpo bem definido da Doutora. — Gostosa do caralho. — Sussurrou para Nelson, que riu baixinho.

Minutos passaram-se e a reunião finalmente chegou ao fim. Os presentes logo foram para suas respectivas mesas, Nelson foi o último a sair, desferindo novamente um sorriso com pura malícia, de orelha a orelha, e então, a porta foi fechada, restando apenas a delegada e a escrivã na sala.

— Não vai sair, escrivã? — Anita pergunta, sarcástica, como sempre, para a mulher.

— Desculpa, delegada. — Verônica fora despertada de seu transe, enquanto se levantava da cadeira.

— Você é impossível, né? — Anita aproximou-se de Torres, dizendo em um tom irônico e sarcástico, com um leve sorriso no rosto.

— Não estou te entendendo, delegada. — Verônica gagueja minimamente ao dizer essa frase, enquanto coçava sua nuca.

Tsk, não fode, escrivã! — Anita falou sarcasticamente uma vez mais. — Acha que sou sonsa assim? Tem muito tempo que eu noto seu comportamento quando me vê. E eu escutei aquilo, tá? —

— Me desculpa, Doutora. Não vai se repetir. — Verô a encarou, no fundo de seus olhos turquesa.

— Cuidado, Verônica Torres... — Anita sorriu maliciosamente para sua colega, soltara uma risada baixa antes de a responder. A mesma andou até sua sala, deixando a escrivã sozinha dentro do local usado para reuniões.

Ela parou por uns 5 segundos, pensando no que acabara de acontecer. — Caralho, Verônica, não tem medo de ser enxotada? — Mentalmente, então, suspirou e andou ate sua mesa. Logo, notara pelo menos umas 3 pastas cheias de papéis entre outros arquivos e informações que precisavam ser digitalizados. Verônica suspirou novamente, porém com raiva. Olhara para trás e avistou sua superior, sorrindo cinicamente.

— Porra, Anita, como consegue ser linda e insuportável na mesma intensidade? — Falara baixinho, sem que ninguém pudesse ouvi-la.

Era a primeira vez que a mulher se desculpou realmente com Anita, estava com vergonha. Tava tão na cara assim?

A escrivã levantou-se, caminhou até o banheiro da delegacia, se olhando no espelho e notando que seu rosto exalava a excitação que sentia. Porra, Verô, não era ela que você dizia odiar?

Andou novamente até sua mesa, bebeu água, digitalizou MUITOS arquivos, foi no banheiro novamente... Mas nada conseguia tirar aquela maldita delegada de sua cabeça. Seu rosto, seu corpo, seu jeito... Tudo sobre sua chefe rondava a cabeça de Torres. "Delegada do caralho, hein."

— Hora do almoço, galera! — Carvana falou em um tom respectivamente alto. Os que estavam trabalhando logo se aprontaram, alguns foram para o canto de alimentação que havia na delegacia, já outros, saíram da delegacia, provavelmente indo almoçar no restaurantezinho perto do local. Porém Verônica ainda mexia em seu computador, e vezes, verificava as folhas ao seu lado.

— Não vai comer, escrivã? — Anita estava andando até a saída, até que notara a presença da mulher, então deu meia volta e andou até a mesa de sua colega.

— Vou já, delegada. — Verônica suspirou, disse sem tirar os olhos do notebook. Berlinger permaneceu a encarando, porém sua escrivã apenas a deu uma olhada durante frações de segundos, porém logo, começou a realmente olhar, ao ver que sua superior puxara uma cadeira, se sentando de frente para sua colega.

— Que que foi? Vai ficar me olhando trabalhar? — Verô perguntou, com uma expressão confusa.

— Não posso, escrivã? —

— Sei lá, você deve estar com fome. — Verônica, com a mão em seu queixo, a responde.

— De você. — A delegada dissera, enquanto a escrivã bebia água, fazendo-a engasgar.

Cough Cough, Mas que porra, Anita? — Verônica falava com um semblante de choque, tentando esconder seu riso. — Você é louca? — A escrivã fez uma pequena pausa, para olhar para os lados. — E se alguém ouvisse? —

— E se não ouvissem? Não tem ninguém aqui além de nós duas, Verô. —

Verônica suspirara. — A onde quer chegar? — Dissera, com um leve sorrisinho podendo ser visto em seu rosto.

— No seu corpo, em uma parte bem específica. — Isso arrancou uma risada abafada da escrivã.

— Caralho, Anita, depois eu que sou impossível. —

— Eu não fico igual um cachorrinho no cio quando vejo minha chefe. — Anita ironizou.

— Nem eu, maluca. — A outra respondeu, com um tom mais brincalhão. Anita apenas riu, enquanto se levantava da cadeira, andando até a escrivã e logo então sentando-se em seu colo.

Verônica suspirara, sentindo um leve mover de Anita.

— Olha, Anita... Eu tô trabalhand- — A mulher havia sido interrompida.

— Trabalha, escrivã! — Fez um pausa para beijar ferozmente seu pescoço, fazendo a mais nova arfar. — Mas sinceramente... — Anita pousou sua mão sobre a mesa de Torres, fazendo a cadeira virar para que ela tenha um melhor acesso ao notebook da de fios castanhos. — Fazem 20 minutos que você não sai do "Estatura" — Falara, em um tom sarcástico, arrastando as palavras de tesão. Fazendo Verônica olhar o arquivo que estava escrevendo em seu aparelho.

"Aparentemente moreno com olhos claros, estatura | "

— Nossa, se fode, Anita. — Verônica dissera em um tom irônico.

— Com todo prazer, escrivã. —

VOLÚPIA • " one shots " veronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora