CAPÍTULO 3

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Seonghwa me mandou mensagem avisando que poderíamos acampar por dois dias juntos

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Seonghwa me mandou mensagem avisando que poderíamos acampar por dois dias juntos. Convencer minha mãe de me liberar foi fácil, ela e os pais de Seonghwa já se conheciam desde a infância.

— Precisamos armar a barraca, vai me ajudar? - ele deixou a mochila no chão e pegou o manual.

Primeira vez que estava acampando sem a presença da minha mãe. Quando eu e Seonghwa estávamos perdidos e resultou em diversas risadas nossas. Depois de uma hora conseguimos finalmente montar tudo.

— Vamos fazer uma fogueira agora.

Arrumamos nossas coisas na barraca, e nos separamos para procurar galhos de madeiras. Seonghwa conseguiu muito mais que eu de madeira.

Ele conseguiu fazer o fogo em minutos, pelo visto já estava acostumado em fazer isso. Seonghwa tirou foto de tudo e até eu virei seu modelo particular.

— Como um bom clichê, eu trouxe marshmallow.

[...]

— Por que seu despertador está tocando seis horas da manhã?

— Vamos ver o pôr do sol, Joong.

Se levantamos e fomos sentar no chão mesmo para olhar o céu. Os pequenos feixes de luz estavam começando surgir.

— Ei, Hwa.

— Oi?

— Obrigado por cada momento. Por causa de você, minha vida tem valido a pena viver.

[...]

Por mais que eu soubesse que isso não eram férias, queria acreditar que tudo ia mudar no final. Eu estava cansado, Seonghwa me buscou às nove horas da manhã. Demorou cerca de meia hora para chegar no lugar.

— Vamos hoje saltar de uma pedreira.

— Acho que vou morrer antes da hora.

Encarei novamente o rio, eu tinha pouco tempo para aproveitar e queria ultrapassar meus limites. Antes que Seonghwa pudesse dizer algo, arrumei coragem e pulei de cima da pedreira.

Eu quero viver mais com Seonghwa.

[...]

— Vamos em um aquário?

— Teria mais graça se fosse um passeio de casal.

— Então me dê sua mão, vamos fingir ser um por hoje. - entrelaçamos nossos dedos juntos. Não me importava de estar perto dessa forma dele.

Seguiram o corredor onde os lados e teto eram feitos de vidros e conseguia ver os peixes nadando em cima de você. Eu nunca vim aqui, então tirava fotos para mandar ao Wooyoung e Mingi depois.

A gente teve uma tarde animada e divertida. Não queria que esse dia acabasse.

[...]

— Escrever uma carta hoje.

Seonghwa disse que poderia usar a mesinha do seu quarto e ele ficaria na cama. Ele deu uma folha branca com um envelope vermelho, escolhi uma caneta vermelha também.

— Vai escrever para quem?

— Segredo, Hwa.

Eu segurava firme a caneta enquanto fazia minha melhor letra possível. Nunca imaginei morrer assim, cada dia que passava eu ficava mais perto de ficar inexistente.

Talvez fosse tarde demais para conseguir controlar meus sentimentos pelo Seonghwa. Não queria que as coisas estivessem tomados aquele rumo, mas me sentia cada vez mais atraído pela pessoa que está passando meus últimos dezesseis dias de vida.

[...]

— Vamos fazer uma tatuagem em dupla.

Sempre quis fazer uma tatuagem, porém era quase impossível conquistar minha mãe e agora tenho finalmente a permissão dela.

Seonghwa pegou o celular e mostrou diversas tatuagens que poderíamos fazer juntos, a que me chamou atenção foi duas rosas entrelaçadas. A gente estava no Estúdio de Yunho esperando nossa hora. 

Yunho me chama para entrar na sala dele, ergui a manga da blusa que estava usando, meu braço estava com marcas das injeções.

— São marcas das minhas injeções, já estou acostumado com agulhas.

— Você já deve algum problema de pele antes? - Yunho perguntou enquanto me sentava na cadeira dele.

— Vou tomar minha última injeção depois de amanhã.

— Última? Já está curado?

— Vou contar enquanto fazemos a tatuagem…

[...]

— Minha mãe pensou que não viria… Você está encharcado, Hwa!

Estava chovendo muito hoje. Seonghwa estava completamente molhado, tentei puxar ele para dentro de casa, porém ele me puxou para a rua.

— Hoje vamos ter nosso último dia, Hwa.

— Dia dezesseis, beijar na chuva. Se você não quiser, podemos apenas dançar mesmo…

Antes que ele pudesse falar algo a mais, encostei nossos lábios suavemente, senti Seonghwa sorrir no nosso selinho. Beijar na chuva era um clichê que só tinha visto em filme e lido em livros.

Seonghwa se separou de mim e começou correr pela rua, a gente ficou um bom tempo correndo e se beijando, aqui tudo era um sonho que nunca quero acordar. A chuva estava diminuindo, então estavam caminhando para ir em minha casa.

— Vou viajar hoje para o Brasil, então isso é um adeus. - Seonghwa estava com os olhos brilhando e as mãos trêmulas.

— Eu vou sentir tanto sua falta.

— Não fique triste, vamos se encontrar em outra vida. Eu agradeço por tudo, Seonghwa. Sinto muito que isso esteja acontecendo com a gente.

Seonghwa deixou as lágrimas escorrerem de seu lindo rosto e abracei ele. Era difícil para mim, mas para ele tudo era doloroso demais. Gostava de Seonghwa desde que nossos pais fizeram a gente brincar no parque, tínhamos na época sete anos. Por medo de destruir nossa pequena amizade, eu nunca confessei meus sentimentos.

— Obrigado por me fazer sentir amado, Hongjoong.

— Obrigado por me fazer sentir amado, Hongjoong

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Sixteen Days 1 | SeongJoongOnde histórias criam vida. Descubra agora