Entrelaçando destinos

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Todo dia é uma nova esperança. Um novo dia nos dá a chance de esquecer o que passou e continuar seguindo nossos sonhos.

A vida tem certas falas clichês quando o assunto é abraçar seus sonhos e voar para longe. Porém, por mais clichê que fosse, existem momentos que é reconfortante acreditar que realmente podemos abraçar nossos objetivos e voar para longe em busca de fazê-los se tornar realidade.

Han Jisung tinha dois sonhos: Se tornar um escritor conhecido e viver em Kyoto. Sem sombra de dúvida morar no Japão, especificamente em Kyoto, era um lugar onde Jisung gostaria de viver até o fim de sua vida.

Parece um sonho pequeno, certo? Mas o que há de errado em sonhar? "Os sonhos salvam os seres humanos da amarga verdade da vida" esse era o lema de Jisung.

O garoto se encontrava em seus devaneios sobre o assunto, viajava em meio às palavras escrevendo detalhadamente seus objetivos na sua pequena agenda.

- Han-ah! - Um jovem, um tanto escândaloso, fez Jisung voltar a sua realidade com um grito alto.

Era tão bom sonhar acordado sobre tudo o que queria para sua vida, que acabou esquecendo que estava com um dos cotovelos sobre o balcão da mercearia que trabalhava com uma completa cara de bobo.

— Minhyuk, você me assustou! — Arregalou os olhos, tomando uma atitude desesperadora de fechar sua agenda. — O que você quer? Estou ocupado com a loja. — Contou a mentira mais descarada do mundo.

Os dias de trabalho de Jisung na pequena mercearia de seu pai eram entediantes. Atendia a maioria dos clientes no período da manhã, logo quando fazia a abertura do estabelecimento.

E quando ninguém mais do seu pequeno bairro precisava de nada para acrescentar no café da manhã, o movimento diminuía.

Jisung não podia reclamar, ele gostava de trabalhar na mercearia e ajudar seu pai. Mas dizer que estava sempre entupido de trabalho era injusto demais.

— "Minhyuk", querido Han? Você não se cansou dessa ideia? Eu já te disse para me chamar de Min! — O comentário fez Jisung revirar os olhos.

Minhyuk era amigo de infância de Han. Ele tendia a ir todos os dias perturbá-lo na mercearia, dizendo que quer casar com ele e que foram feitos um para o outro.

Jisung não podia dizer que o odiava, mas achava ele escandaloso e invasivo desde que eram crianças.

— O que está fazendo que o mantém tão ocupado? — Sorriu malicioso sentando-se no balcão fazendo o homem do outro lado do mesmo se afastar.

— Estou aproveitando que a loja está sem movimento para escrever o meu romance.

— Você está escrevendo sobre mim? Há algo sobre mim também? — Minhyuk estufou o peito para parecer mais galanteador.

— Ew! É claro que não, tapado! Estou escrevendo sobre meus sonhos!

— Escreva, escreva. Você está certo, Han-ah! Precisa ocupar a cabeça já que está desempregado. — Jogou uma piscadela no ar para Jisung.

— "Desempregado"? Sobre o que você está falando? — O olhou sem entender, afinal Jisung não era desempregado, ele trabalhava dia após dia na mercearia de sua família com muito bom gosto. Podia não ter carteira assinada, mas era um emprego fixo pra ele.

— Você não soube? — Han negou mais uma vez, aquela conversa estava cada vez mais sem nexo. — Sua mãe andou dizendo por aí que o pobre filho mais velho dela é desempregado. — Jisung arregalou os olhos não acreditando no que acabara de ouvir.

— Você quer dizer que minha mãe... a senhora Han Chae-Won, andou fazendo fofoca sobre eu estar desempregado? — Apontou para si mesmo ficando ainda mais incrédulo quando as palavras saíram de sua boca.

Secret Kiss - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora