— Coloque as malas no porta-malas! — Kijoon gritou para os homens que seguravam e guardavam suas malas.
Era um dia bonito, com um sol bem quente. Minho e Yuna acompanhavam o pai até o ponto de partida de sua viagem. O céu estava claro, sem nenhuma nuvem à vista, e a brisa leve oferecia algum alívio do calor. Enquanto caminhavam, o brilho do sol refletia nos cabelos loiros de Minho e Yuna, ressaltando suas expressões preocupadas.
Minho não conseguia afastar a preocupação com a saúde do pai. Ele observava atentamente cada passo, procurando sinais de cansaço ou desconforto. O pai, por sua vez, parecia bem, estava feliz. Ao contrário de Minho que estava dividido entre a alegria de ver o pai animado com a viagem e a preocupação constante com seu bem-estar.
Yuna, por outro lado, estava perdida em pensamentos sobre o porquê de Minho ter decidido permanecer mais tempo na Coreia. A decisão do irmão a pegara de surpresa, e ela tentava entender suas motivações. Será que ele estava escondendo algo? Alguma razão que não queria compartilhar? Enquanto caminhava ao lado dele, suas perguntas silenciosas permaneciam sem resposta, aumentando sua inquietação.
Minho sorriu e abriu os braços para abraçar o pai quando os três chegaram no ponto de partida. Foi um abraço demorado cheio de significados e falas que não eram ditas.
Fazia tempo que Minho não abraçava o pai de forma tão demorada.
Naquele momento, com o sol quente e o céu sem nuvens, Minho sentiu a necessidade de prolongar o abraço. Sentiu o calor do corpo do pai, misturado ao calor do dia, e percebeu o quanto havia sentido falta daquele contato. Kijoon retribuiu o abraço com igual intensidade, consciente de que aqueles momentos juntos eram raros e preciosos.
— Obrigado, filho.
Minho se deu conta de quantas despedidas apressadas e encontros breves haviam ocorrido nos últimos anos. As viagens constantes o afastavam fisicamente da família, e mesmo com a tecnologia permitindo a comunicação à distância, nada substitui a presença física, o toque, o calor humano.
Yuna observava a cena do abraço entre o pai e Minho com uma expressão neutra, sem emoção alguma. Ela se sentia deslocada, como se estivesse no mundo errado. Era como se o calor do dia não conseguisse aquecer seu coração, que permanecia frio e distante.
Ver o pai e o irmão naquele momento íntimo a deixava com a sensação de estar sendo deixada de lado. A proximidade entre eles, tão natural e carregada de afeto, só servia para acentuar seu sentimento de exclusão. Ela sabia que não havia intenção de machucá-la, mas não conseguia evitar o incômodo que crescia dentro de si.
A irritação se misturava à sensação de deslocamento. Por que Minho, que sempre esteve tão ausente, agora parecia tão presente? E por que ela se sentia tão alheia a essa proximidade? Os pensamentos giravam em sua mente, aumentando sua frustração. Mesmo ciente de que seu pai e irmão não tinham culpa, a visão do abraço prolongado só intensificava seu sentimento de desconexão.
Yuna começou a sentir uma irritação que ela não conseguia dissipar. Naquele momento, ela desejava estar em qualquer outro lugar, longe da cena que a fazia sentir-se tão pequena e esquecida.
Kijoon se afastou do filho mais velho e olhou para Yuna a chamando para um abraço também.
Ainda com o calor do abraço de Minho, Kijoon abriu os braços com o mesmo carinho e ternura. No entanto, a resposta de Yuna foi mais contida. Ela se aproximou com passos hesitantes, os olhos evitando o olhar direto do pai.
Seus braços envolveram o pai de forma rápida, quase mecânica. Não era que ela não amasse o pai, na verdade, o amor estava lá, profundo e verdadeiro, mas naquele momento, Yuna não conseguia expressá-lo da mesma maneira.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Secret Kiss - minsung
Roman d'amourHistória escrita por: @Biatrix008 & @JUpiter0713 Han Jisung, um jovem sonhador aspirante a escritor, enfrenta a pressão crescente de sua família para conseguir um emprego estável. Aceitando o desafio, Jisung encontra trabalho na prestigiada agência...