4. Amor ao redor
Namjoon e eu ficamos pelo menos duas horas na exposição e quando saímos para a rua de novo, meus olhos passam a enxergar o homem de um modo diferente. Depois de vê-lo tendo tanto cuidado com uma garota que ele nem ao menos conhece, fazendo questão de ensinar a ela sobre a sua cultura e sendo paciente, atencioso e carinhoso, só fez com que todo o sentimento que eu tenho por ele crescesse. Não é como se eu não soubesse que ele é assim, já que o vi com os meus alunos diversas vezes, mas aquece o meu coração ter mais um desses exemplos no dia-a-dia. Eu nunca pensei muito sobre ter filhos mas Namjoon desperta o melhor da minha imaginação.
— Por que está me olhando tanto, hum? Se estiver me olhando porque está pensando no mesmo do que eu, saiba que os boxes do banheiro são largos e fico muito mais excitado com a adrenalina de sermos pegos — Namjoon diz diminuindo o tom de voz a cada palavra e sorrindo.
— Não é nada disso mas se quiser podemos voltar lá para dentro — digo sorrindo.
Estamos descendo as escadas do lado de fora do museu e o sol está aparecendo um pouco mais agora, apesar da brisa fria ainda acompanhar o dia.
— Então qual o outro motivo de você estar me olhando a não ser pelo sua vontade de me dar em todos os lugares possíveis?
— Ah, bom, fico imaginando que você vai ser um pai ótimo — Mal consigo acreditar que essas palavras saíram da minha boca. Paramos em frente ao fim da escada e ele me olha impressionado.
— Isso é bom, eu acho — diz um tanto confuso mas sorridente — Gosto de crianças e Kyla merece saber da cultura da mãe.
— Verdade, acho lindo crianças cultivando a ancestralidade e pais que se importam com isso.
— Concordo com você. É ótimo saber que nossos filhos terão pais que se importam com a ascendência e cultura.
— Nossos?
— Digo, os filhos que eu e você teremos. Separadamente. Ou não. Quer dizer, o filho que eu vou ter e o que você vai ter. Em dias, meses e até mesmo anos diferentes. Ou não... — Explica-se de modo desajeitado e eu rio.
— Pode falar sobre os nossos filhos. Juntos. Sonhar um pouco não faz mal — digo, nos permitindo pensar no futuro que não é e nunca será nosso. Namjoon merece tanto quanto eu e ele abre um sorriso ao ouvir o que eu digo.
— Gosto de pensar em crianças com o seu cabelo.
— Crianças? Você quer mais de um?
— Gosto de casa cheia.
— Acho que poderíamos ter um e preencher o resto com gatos e cachorros.
— Que tal duas crianças, um gato e um cachorro?
— Negativo. Uma criança, dois gatos e três cachorros.
— Crianças sem irmãos crescem egoístas.
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WHEN LOVE'S AROUND kim namjoon
FanfictionDominique é uma mulher jamaicana que vive em Nova Iorque há quinze anos. Seis meses atrás, ela se comprometeu a mostrar a cidade para Namjoon Kim, um escritor sul-coreano que planejava passar meio ano nos Estados Unidos para se inspirar em seu próxi...