6. Seis meses, seis horas

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6. Seis meses, seis horas

Em pouco menos que meia hora, descemos na parada de ônibus mais próxima do norebang e depois de caminhar por cinco minutos, chegamos no local e adentramos em seguida

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Em pouco menos que meia hora, descemos na parada de ônibus mais próxima do norebang e depois de caminhar por cinco minutos, chegamos no local e adentramos em seguida. Quando passamos pela porta, um sino toca, atraindo a atenção de uma senhora coreana de ao menos setenta anos que está atrás de um balcão. Namjoon se direciona até a mais velha, faz uma reverência e inicia um diálogo. Leva poucos segundos até ele impressionar a mulher com o seu coreano impecável e eles começarem a conversar no idioma. Segundo ele, as senhoras coreanas que residem aqui há muito tempo estão tão tristes por ver que os netos e bisnetos não têm interesse na cultura coreana que ele faz o dia delas quando mostra que ainda há jovens que não foram completamente afetados pela globalização. É claro que ele omite que não nasceu na América do Norte. Nem me esforço para entender o que estão conversando mas ela parece muito empolgada, mais do que o normal, na verdade.

Enquanto os dois conversam, tomo coragem para fazer o que tenho evitado e pego o celular para ver o horário. O visor marca que são quatro horas da tarde e o meu coração aperta. O voo de Namjoon é às dez da noite, o que significa que tenho apenas seis horas com ele. Penso que, se seis meses com ele não foram o suficiente, o que vou fazer com seis horas?

Namjoon encerra o diálogo com mais uma reverência e vira-se para mim sorrindo. Passo o dedo por cima da lágrima que escorre antes que ele perceba e seguro a sua mão quando ele a estende. O coreano me guia pelo corredor e paramos em frente à penúltima sala, adentrando logo em seguida. É um quarto pequeno e aconchegante. Há sofás acolchoados rodeando três das quatro paredes, uma mesinha de centro com uma pequena pilha de pastas com espirais e uma televisão erguida na parede com escritas coloridas em coreano. Tem uma luz roxa iluminando o ambiente, o que torna o clima mais íntimo.

— Perfeito para dar uma rapidinha, não é? — Namjoon pergunta, analisando a sala e fechando a porta com cautela.

— Tudo para você é sexo? — pergunto sorrindo, olhando para ele enquanto me acomodo em um dos sofás.

— Tudo o que nos envolve — Me corrige com um sorriso canastrão no rosto. Namjoon se acomoda do meu lado e naturalmente, os seus braços envolvem o meu corpo.

— Está falando que somos apenas sexo?

— Claro que não — diz, selando os nossos lábios — Mas é difícil não pensar em sexo quando estamos em um quarto escuro e pequeno e você está aí, toda gostosa.

— Você é um tarado. Eu estou normal.

— Aí é que está, o seu normal é estar gostosa — diz, deixando alguns beijos no meu pescoço.

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⏰ Última atualização: Nov 09 ⏰

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WHEN LOVE'S AROUND kim namjoonOnde histórias criam vida. Descubra agora