Angel finalmente realiza seu sonho de se formar em psicologia forense, criminologia e ciência forense. Ansiosa para aplicar seus conhecimentos recém-adquiridos, ela se junta a uma excursão ao renomado Instituto para Psicopatas.
O que começa como um...
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Cambria, Califórnia O2 de Julho, 2024 11:00 A.M
Desligo a ligação e vejo Gaby roer as unhas ansiosa, seus olhos fixos em mim, esperando que eu diga algo.
— Me ofereceram um emprego e ele paga muito bem! — anuncio, tentando transmitir entusiasmo. Ela pula de alegria e me abraça apertado.
— Isso é ótimo, amiga! Você é sortuda! — exclama, enquanto eu suspiro e forço um sorriso. Mas, no fundo, não era exatamente isso que eu queria. Não foi para isso que eu estudei. Gaby percebe minha hesitação.
— Por que está assim? — pergunta ela, franzindo a testa em preocupação.
— É uma empresa de cosméticos, e não uma de investigação criminal e eu ainda estou à espera de uma resposta da minha tia, sobre o trabalho de setor privado na área de Psicologia. — respondo, sentindo o peso da decepção. Ela solta um longo suspiro, tentando entender meu dilema.
— Enquanto espera, aceite isso, pelo menos para se estabilizar — aconselha, com um tom de voz mais suave. — Até porque sua cabecinha oca já quer adotar crianças. Pense que talvez seja melhor você aceitar e trabalhar lá por um tempo, e depois seguir seu sonho e fazer o que realmente gosta.
Ela tem razão, eu sabia. Mas era difícil aceitar que meus sonhos teriam que esperar um pouco mais. O pensamento de adotar crianças e dar a elas um lar amoroso aquecia meu coração, mas também aumentava a pressão de fazer escolhas responsáveis.
— Vou pensar com carinho sobre isso — digo, tentando me convencer. Gaby me dá um sorriso encorajador e segura minhas mãos.
— Você vai encontrar o caminho certo. Apenas dê um passo de cada vez — diz ela, com sabedoria. Sinto-me um pouco mais tranquila, sabendo que tenho seu apoio enquanto navego por essas decisões difíceis.
Meus pensamentos se voltam a Caccini. Ainda estou curiosa sobre ele, mas suspiro profundamente. Gaby tem razão, pareço obcecada por ele, e isso não é algo com que devo me preocupar agora. Sento-me na cama, pego o notebook e o abro, digitando o nome da empresa para ver se ela realmente existe. Várias fotos e notícias sobre a empresa aparecem na tela, e me impressiono ao descobrir que ela fica na Itália, e não na Califórnia. Suspiro, frustrada.
— Cada vez piora mais — murmuro para mim mesma enquanto fecho o notebook.
Meu celular vibra ao meu lado, e eu o pego, atendendo a ligação da minha mãe. Explico minha situação atual, e ela fica animada com a ideia de crianças, mas um pouco triste sobre a possibilidade de eu ir para a Itália.
Olho o horário, lembrando que tenho que ir novamente ao orfanato. Gaby provavelmente está se arrumando, e eu estou aqui, ansiosa. Despeço-me de minha mãe e finalizo a ligação. Vou rapidamente tomar um banho relaxante, pensando em tudo ao mesmo tempo. Uma vontade gigantesca de gritar me atinge de repente; um turbilhão de pensamentos passa pela minha cabeça.
