O amor é sempre paciente e generoso
Nunca é invejoso
O amor nunca é prepotente nem orgulhoso
Não é rude nem egoísta
Não se ofende nem se recente do mal
Não se alegra do pecado alheio
Mas se regojiza com a verdade
E tudo perdoa, tudo crê, tudo espera e tudo tolera
Seja o que vier!
Nicholas Sparks
Faye sentou-se ao lado da cama de hospital de Yoko mais tarde naquele dia. Ela estava vagamente ciente do reverendo falando com alguém no corredor, mas na realidade a única coisa que quebrou seu estado de dormência foi a sensação da mão quente de Yoko na sua. A garota estava ligada a vários monitores, um gotejamento intravenoso e algumas bombas.
Uma enfermeira entrou no quarto, verificou o monitor de Yoko e atualizou sua prancheta. Faye desviou o olhar para o monitor e suspirou ao perceber o olhar de pena involuntário da enfermeira. Provavelmente porque, duas horas antes, Faye estava com a mesma enfermeira e o reverendo, discutindo a notícia devastadora: Yoko tinha ainda menos tempo de vida do que previsto. Muito menos tempo.
O pai de Faye estava a caminho do hospital, mas ela sabia que não havia mais nada que ele pudesse fazer ali, além do que já fazia em casa. Segundo as enfermeiras, ele dedicava todo o seu tempo e recursos para encontrar algo que ajudasse Yoko. Se ela pudesse sentir algo naquele momento, sentiria gratidão. Mas tudo o que ecoava em sua mente era "Yoko" e "menos tempo" - isso era tudo que precisava ouvir - e a partir daquele momento ela não saiu mais do lado de Yoko.
Exausto, o reverendo foi para casa dormir e preparar uma mala para a filha, enquanto Faye se recusou a sair do quarto e dormiu ao lado da namorada. Sua mente parecia acordá-la a cada hora, impulsionando-a a verificar Yoko, ouvir o bipe do monitor e sentir o calor de sua pele.
Yoko dormia e acordava, e sempre que acordava não falava muito, então Faye apenas sussurrava palavras doces em seu ouvido e depositava beijos carinhosos em sua cabeça.
Na manhã seguinte, Faye despertou em seu assento, sentindo um peso em seu ombro. Ao olhar para cima, viu o reverendo parado ali, com a aparência de quem também não havia dormido muito. Ele usava roupas diferentes, mas seus cabelos estavam despenteados e a barba por fazer dava-lhe um aspecto desalinhado, contrastando com sua habitual aparência impecável.
"Vá para casa, querida." Sua voz era suave, mas tensa.
Faye negou com a cabeça. "Não, estou bem."
O reverendo se inclinou um pouco mais perto do ouvido de Faye. "Preciso de um minuto com ela."
Malisorn compreendeu e se aproximou de Yoko, beijando-a na testa. Quando a jovem se mexeu, ela sussurrou: "Volto logo, ok?" Yoko assentiu levemente.
XXX
Enquanto estava fora do hospital, Faye decidiu tornar o quarto de Yoko um pouco mais aconchegante. Graças ao seu pai, o local era bom, mas ainda sem graça. Então, ela passou em uma loja e comprou alguns balões coloridos e flores vibrantes.
Uma parte de Faye desejava ir trabalhar no telescópio, mas dúvidas a assolavam: e se Yoko estivesse muito doente quando o cometa chegasse?E se ela não estivesse viva para presenciá-lo? Então Faye ficaria com um telescópio realmente grande e sem Yoko. O nó em sua garganta veio e nunca mais saiu depois desse pensamento.
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A Walk to Remember - Fayeyoko
Romance"Por favor?" ela implorou, desesperada. "Ok, porém com uma condição, Malisorn." Yoko disse depois de pensar por um momento. "Qual seria?" Faye perguntou, tentando ao máximo não revirar os olhos. "Você tem que prometer que não vai se apaixonar por mi...