Baji é um grande alfa dominante mas não muito esperto, para não repetir de ano de novo e se formar os amigos dão a ideia de um professor particular, o que ele não esperava é que aquele omega fosse tão habilidoso em todos os aspectos;
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bl/+16
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"Ainda não tinha me acostumado com o quão frequentemente eu me pegava ponderando em meus próprios pensamentos, quantos dias já haviam se passado? Dois? Quatro? Talvez uma semana? Era difícil de me lembrar, já que desde que comecei a me encontrar diariamente com aquele garoto do quinto andar do meu prédio, eu constantemente ficava perdido em tolices como uma protagonista de shoujo, sonhando acordado e submerso em meus próprios cenários sem sentido. Mas o que realmente me intrigava sobre toda aquela situação era, por que eu estava pensando tanto nisso? Ou melhor, nele.
De fato era um comportamento absurdo, principalmente para alguém como eu. Deveria ser normal pensar tanto em alguém que se conhece a tão pouco tempo? E mesmo se fosse, eu me recusava a cooperar com tal estupidez, ainda mais se tratando de um alfa. Me sinto ainda pior quando penso a fundo nesses detalhes.
E o mais incômodo era, ele não tinha feito absolutamente nada para eu desconfiar e até desgostar de só pensar sobre ele. Claro, Baji era um pouco esquisito, ficava com cara de pateta quando estavamos juntos, e agia como um filhote abandonado sempre que eu atuava sarcasticamente ou (mesmo que eu não goste de admitir) um pouco rude. Sério, ele realmente acha que eu não percebo quando ele fica me encarando enquanto estudamos? Não me leve a mal, eu não o odeio ou desprezo sua companhia, eu apenas tenho meus próprios motivos para me comportar assim.
E na realidade ele foi contra todas as minhas expectativas. Francamente, como uma pessoa pode ser tão carismática? Isso em questão é o que mais me irrita, aquele cara é impossível de se odiar! Nunca imaginei ter tanto em comum com um ser humano, em exceção de Takemichi, usualmente os animais eram com quem compartilhava meus gostos mais insignificantes, mas até nossas preferências gastronômicas são parecidas. Porra, ele inclusive era líder de uma divisão inteira numa das gangues mais famosas de Shibuya, eu não poderia o odiar mesmo se eu quisesse.
Nessas circunstâncias, parecia que eu estava usando o fato de ele ser um alfa como uma desculpa para não admitir que aquele garoto era realmente muito fácil de se apegar. Às vezes eu até me pergunto se essa relutância vale realmente a pena. Talvez ele não seja como os outros, talvez ele me trate como um igual, talvez nós até poderíamos..."
- Ahh tih! - seus pensamentos foram interrompidos quando duas pequenas mãos bateram em seu rosto.
Chifuyu tentou abrir os olhos que estavam sendo cobertos pelas mãozinhas rechonchudas, apenas para ver o pequeno rosto que o encarava descontente pela falta de atenção. Ele estava deitado no chão da sala do enorme apartamento luxuoso, com a pequena criança sentada na altura de sua cabeça dando tapinhas em sua cara, ela não parecia muito interessada nos problemas pessoais do loiro.
- Agora não pequena, estou muito ocupado me iludindo com minhas próprias suposições incoerentes. - ele voltou a fechar os olhos, suspirando e ignorando as tentativas da criança em chamar sua atenção.
