Ele tinha Liberdade...
Ela estava presa em uma jaula...
Ele poderia sorrir sem nenhum peso...
Ela era atormentada pelo passado...
Será que ele vai conseguir içar as velas da liberdade pra ela...?
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Pov. 3 pessoa
—... Eu podia jurar que ouvi alguma coisa.
Eram os guardas.
Os músculos de Nirine se tensionaram novamente, a morena colocou as mãos sobre a boca, temendo que qualquer ruído, até mesmo uma respiração um pouco mais intensa poderia delatar seu esconderijo.
Observando os flashes das lanternas se direcionarem para vários locais diferentes através das frescas do banco. Ela não pode deixar de ter pensamentos levemente negativos.
Depois de muitos anos planejando meticulosamente uma forma de escapar, aguentando todo o sofrimento e insultos das mulheres mais velhas, e tendo o simples pensento de todo seu esforço ir por água abaixo por conta de um descuido dela mesma...
Nirine não sabia o que acontecia com as mulheres ques fracassaram em fugir, ela nunca as viam novamente, pensando melhor, ela não quer saber o que aconteceu com elas....
No momento, Nirine só podia se concentraram em rezar para que aqueles guardas estúpidos fossem finalmente embora dali, e se juntar aos demais no Cais Norte.
—Esquece, acho que foi impressão, vamos logo. - a frase dita por aquele guarda, seguida dos passos se distanciando causou um leve alívio na morena. Depois de uns cinco minutos ainda escondida, Nirine finalmente teve a coragem de sair de seu esconderijo. Certificando de que seu capuz ainda estava sobre sua cabeça, ela olhou por cima da borda do barco, e não vendo uma alma viva naquele cais a fez agir rapidamente.
Aproveitando a chance de que não seria pega no flagra, Nirine finalmente desamarrou o barco do cais e pegou os remos, já anexados no bote, e sem perder mais tempo algum, começou a remar pra longe. O barco lentamente se afastou dos navio, mas Nirine não tinha pressa, naquele momento, ela queria ser tão silenciosa quanto um rato.
Assim que ela sentiu que já não estava mais sob tanto perigo, Nirine armou o mastro e recolheu os remos.
Lentamente o vento da maré foi empurrando o barco pra longe de Kodomo. Mas apesar disso, ela sabia que ainda não estava a salva. O mar tinha sua própria personalidade, e muitas vezes poderia ser hostil com os corajosos que decidiram enfrenta-lo, também haviam piratas em alto mar, que poderiam enco tra-la e faze-la de uma refém ou escrava. Além é claro dos Reis dos Mares. Criaturas enormes que poderiam simplesmente olhar pra ela e decidir se uma pequena humana servirá como um petisco oi seria um desperdício de tempo.
Balançando a cabeça, Nirine se concentrou na tarefa em suas mãos, ela poderia pensar sobre isso mais tarde. Quando estivesse bem longe de Kodomo. Agora, seu único objetivo era ir para alto mar. Com apenas o mar, o vento e as nuvens cinzentas acompanhando-a.
~•~
Horas se passaram. O som das ondas enchiam os ouvidos de Nirine. A Lua, que finalmente decidiu sair de seu esconderijo deu a menina luz suficiente para a encontrar uma velha lâmpada de óleo, ao que ela acendeu para iluminar mais o barco.
