4 - Selvagem

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Daí gente, tudo certo? Aqui estou eu, muito tempo depois, e sim, vou terminar a fic, peço desculpas pela demora para postar, aconteceu muitaaa coisa e acabou que não tinha tempo nem criatividade para retornar a fic. Bom, não vou jurar, mas prometo tentar terminar essa fic ainda essa semana, tenham paciência comigo tá bom. E, não me lembro ao certo de tudo da fic, então vou tentar finalizar e depois dar uma revisada nela, tenham paciência. Bom, fiquem com esse ep novo.
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Eu não estava me sentindo muito bem, estava meio fraca e aérea, encolhida em cobertores quentes e mesmo assim sentindo frio, minha cabeça estava com pontadas e eu ficava constantemente vagando naquele estado de sono e semi consciente. Mas eu sabia que Camila estava ali, ela estava constantemente conversando comigo, embora eu não conseguisse entender a maior parte do que ela dizia, por mais que tentasse. Obviamente eu não queria estar ali, mas não tinha forças nem para pensar sobre isso, fazia muito tempo que eu não ficava doente, tinha uma ótima resistência, ou costumava ter.

Mas mesmo quando abri meus olhos, ainda não completamente bem, mas relativamente melhor a noite anterior, ainda me lembrava de algumas palavras sua.

Ela estava apoiada na rocha da caverna, em uma posição nem um pouco confortável. Iria morrer de dor no corpo ao acordar, fiquei surpresa por ver que ela não se aproveitou da minha vulnerabilidade para dormir junto comigo. Com um pedaço de pano que encontrei semi úmido ao meu lado, que ela havia usado para molhar ou enxugar minha testa, tentei acordar ela, jogando ele na sua cara. Ela acordou em um pulo com os olhos castanhos arregalados, olhando ao redor por alguns segundos, não senti nenhuma culpa por ter acordado ela assim.

— Quanto tempo fiquei com febre? — ela piscou confusa tentando assimilar minhas palavras.

— Está bem? Você ficou dois dias com febre — ela se levantou engatinhando na minha direção, antes que eu pudesse impedir ela colocou a mão na minha testa para medir minha temperatura — Você está melhor, ainda está quente mas logo vai passar.

Se levantou indo até uma mala grande que tinha em um dos cantos da caverna, vadia, tinha se preparado, percebi ao ver que tinha uma fogueira apagada na caverna e uma barraca ali, na outra vez que eu tinha vindo, tinha ficado tão cega de raiva por Camila estar ali, em um dos únicos lugares cobertos da ilha bons para dormir, que nem havia percebido que a caverna estava cheia de coisas. Camila não sabia acender uma fogueira, essa provavelmente a pior pessoa para viver nesse tipo de ilha deserta, então havia trazido tudo que uma pessoa da cidade precisaria para sobreviver. Lá me entregou um comprimido e uma garrafa de água.

— Você teve tempo de planejar tudo, imagino — disse com desdém sinalizando com o dedo ao redor.

— Na verdade não, foi tudo pego de última hora, claro, além da barraca e o colchão que tive que comprar.

Deu de ombros como se fosse tudo normal. Revirei meus olhos. Mas mesmo assim tomei o comprimido, tentando ao máximo não olhar para as pernas descobertas dela, não sei se por intenção, mas ela usava um shorts de malha bem curto. Quis me estapear por isso me afetar. Eu ainda tinha algo com Ella, e mesmo se não tivesse, devia querer matar Camila pelo que ela fez, não olhar para suas pernas. Eu era o tipo de ser humano mais fútil que existia. Franzi a testa ao me lembrar de algo. Camila estava na minha frente. Poucos passos de distância, admito que não pensei ao fazer tal coisa. Foi completamente contra minha natureza pacífica, mas as atitudes de Camila, e até mesmo meus pensamentos que me traiam, estavam me deixando frustrada e furiosa, em outra ocasião nada tão violento teria vindo de mim, mas naquele momento não pensei em nada mais certo, lancei com ódio e força a garrafa, ainda relativamente cheia de água na direção de Camila, teria machucado se ela no último segundo não tivesse se esquivado.

— Lauren?! — ela estava com os olhos arregalados, chocada.

Mas eu não desisti de acertar ela, mesmo com um pouco de dor no corpo, olhei ao redor tentando achar outro objeto capaz de machucar ela, visto que não tinha capacidade de correr atrás dela para fazer isso com minha própria mão.

— Lauren, calma — disse ela se afastando com as mãos levantadas como enforna de rendição.

— Camila, você é uma verdadeira filha da puta.— eu não costumava falar palavras, achava até mesmo rude quem falava, mas naquele momento dizer tais palavras me trouxeram um conforto ótimo — Como ousa? Me trazer pra cá, bagunçar a minha vida completamente, mexer com todos a minha volta, para no final, se não houvesse resultados desejados chamar um barco para nos levar a Nova York novamente? — senti meu corpo e rosto ficando quentes novamente com o ódio, nesse momento, me esforcei para tentar levantar, mesmo com as pernas bambas, mas ainda não era capaz.

— Não é exatamente...

— Ah, não é? Quem você acha que é para fazer isso? Isso é amor para você? Você é perturbada.

Como relatei, havia conseguido entender algumas palavras de Camila nas noites em que fiquei mal, ela havia me dito para me acalmar, que logo um barco viria me buscar para me levar a minha vida novamente. Isso era ótimo claro, mas Camila achar que poderia brincar com minha vida assim havia me enfurecido ainda mais.

— Lauren, calma. Me deixe explicar as coisas, vou fazer isso se você respirar um pouco.

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