capítulo 11

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"De onde você veio ontem?
Porque você está sorrindo tão lindamente?
Como posso te odiar?
Mesmo assim, eu tenho que te confortar amanhã, meu urso de pelúcia"

–Teddy Bear (Kim Sejeong)


Me separo do abraço e percebo o desespero em Hana, suas mãos tremendo, sua voz trêmula, seu rosto coberto de lágrimas, tudo indicava o medo e a frustração.

Coloco minha mão em sua bochecha, pois lembro que a acalma.

–Não me deixa sozinha... Por favor... –Hana

–Eu não vou. –Mun

Meus olhos descem pelo seu corpo para checar se haviam outros machucados. Ao olhar para o corpo de Hana, percebi seu curto pijama preto que estava extremamente marcado em seu corpo por causa da chuva.

Desvio rapidamente meus olhos para o lado.

–Me desculpa, Hana. –Mun

–Sei que não fez por mal, você nunca faria algo de ruim comigo, você é diferente dele... –Hana

Ao analisar a situação, percebo que a mesma poderia estar se referindo ao seu maldito ex namorado. Resolvo não tocar no assunto por enquanto, Hana é a prioridade agora.

Retiro meu casaco e coloco em Hana olhando apenas para seu rosto, me esforçando para não abaixar a minha visão.

–Você não está em condições de dirigir, vou pedir para que meu motorista leve seu carro, vou te levar para sua casa. –Mun

–Não! Não por favor! –Hana

Mais lágrimas descem de seus olhos sem parar.

–Calma! Tá tudo bem, eu estou aqui com você, Noona. –Mun

Hana me abraça repentinamente e eu retribuo com cuidado, pois ela poderia estar com dores em seu corpo.

...

Liguei para meu motorista e ele deixou o carro de Hana no estacionamento do prédio em que moro.

Levo Hana para minha casa pois ela precisava cuidar dos ferimentos em sua testa.

–Obrigada por me recepcionar. Prometo não incomodar-te mais, me desculpe o incomodo. –Hana

–Pare de pedir desculpas quando você não tem culpa, Hana. Bravinha, você nunca será um encômodo. –Mun

Hana da um leve sorrisinho fofo.

–Tem um quarto de visitas aqui, tome um banho quente e use minhas roupas. –Mun

–Obrigada e desculpe novamente, vou pagar pelo seu carro, pode ter amassado. –Hana

–Não estou preocupado com o meu carro, minha preocupação agora é você Do Hana. Também irei tomar banho, meu quarto é o que fica a frente do seu. –Mun

....

Já terminei meu banho e estou no meu quarto ajustando o kit de primeiros socorros.

Escuto batidas na porta.

–Mun? –Hana

–Pode entrar, Hana. –Mun

Hana abre a porta e entra no quarto. Cá entre nós... Ela estava deslumbrante, a mesma estava com um blusão e um short largo meu que pareciam ser o dobro do seu tamanho. Seus lindos cachos estavam molhados e a mesma estava com um sorriso um pouco tímido no rosto. Como a minha rival consegue ser tão linda?

(Amigo, é a Do Hana, eu te entendo completamente)

–Senta, vou cuidar do seu machucado. –Mun

Hana faz o que eu pedi e se senta ao meu lado. Pego um contonete e o mergulho em um remédio para limpar a ferida e matar os germes que podem ter entrado.

–Licença. –Mun

Seguro o rosto de Hana com uma mão e com a outra passo o cotonete em seu machucado, Hana solta um gemido de dor e eu imediatamente afasto o cotonete.

–Vai doer um pouco. –Mun

Colo o cotonete em seu machucado novamente. Percebi a dor que Hana sentia pela sua expressão, vê-la assim doeu em mim também.

–Mun, tá doendo muito. –Hana

Retiro o cotonete por alguns segundos, porém coloco o cotonete novamente demorando bem mais tempo.

–Para! –Hana

Rapidamente retiro o cotonete.

–Hana, preciso passar o cotonete por alguns minutos, seu machucado foi grave e o ferimento pode causar algo pior se não for bem tratado. Então por favor, aguente. –Digo um pouco sem paciência.

Hana abre seus olhos revelando algumas lágrimas que se recusavam a cair. Me arrependi imediatamente de ter sido grosso com ela, por mais que ela tenha batido o carro eu sei que ela não tem culpa pois estava alterada e estressada.

–É porque tá doendo, desculpa. –Hana diz uma a voz um pouco trêmula.

Está "mania" de Hana sempre pedir desculpas pode ser um trauma, e agora eu gritei com a mesma e isso a fez querer chorar. Hana deve ter muitos problemas mentais e eu fui um rolo por desencadear seus traumas e apenas perceber isto agora.

–A única pessoa que precisa se desculpar sou eu. Você não tem culpa por sentir dor e eu fui grosso com você sem motivos. Me perdoa, Noona. Vou ser mais cuidadoso. –Mun

Percebo Hana me olhar como se ninguém nunca tivesse dito aquelas palavras para ela na vida.

–Segure minha mão quando doer, pode arranhar se quiser. –Mun

Hana mostra sua mão com unhas médias amêndoas pintadas de vermelho vinho como se mostrasse que isto machucaria.

–Não se preocupe comigo, eu treino desde os meus 16 anos, suas unhas não vão doer. –Mun

Hana segura as minhas mão livre e eu volto aa colocar o cotonete em seu machucado. Sinto algo arranhar minha mão com força quanto mais eu demorava a passar o cotonete, porém não doia.

Aí terminar, Hana abriu os olhos deixando cair algumas poucas lágrimas, então eu as limpei com o meu dedão.

–Tudo bem, já acabou. –Mun

Pego um pomada e coloco no machucado. Depois coloco um curativo branco em cima.

–Pronto. Você deveria se cuidar mais, bravinha. –Mun

Hana me abraça derrepente.

–Obrigada por tudo. –Hana

Eu a abraço envolvendo minhas mãos um pouco acima de sua cintura. Eu a abracei mais forte, afundando meu rosto em seu pescoço para sentir seu cheiro. Consigo sentir Hana se arrepiar com minha atitude.

–Você é como um ursinho de pelúcia, bravinha. –Mun

Hana da um sorriso nasal e acaricia meus cabelos enquanto eu continuava a puxando para mas perto de mim para que eu me aconchegace melhor e apreciar seu doce cheiro.

porém fomos interrompidos pelo toque do celular de Hana.

Hana se separa do abraço e atende o celular.

–Eu não te devo satisfação de dizer onde estou, some da minha vida e para de ficar me perseguindo! –Hana

Derrepente Hana paralisa e lágrimas começam a descer de seus olhos sem parar. O cara deve ter falado algo horrível para ela.

–Para... Por favor... –Hana

Não consigo conter meu ódio e pego o celular de Hana de sua mão, colocando-o em minha orelha.

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