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Lá estava eu, pronto para encarar meu primeiro dia de labuta no bar junto com meu primo Hoseok.
A empolgação batia forte, mas a ansiedade também dava as caras, afinal, nunca tinha trabalhado em um lugar assim antes.
Pô, e olha, o Hoseok, sempre cheio de piadas, não ajudava muito a acalmar os nervos, mano.
Ele ficava me zoando, dizendo que eu ia derrubar todas as bandejas e que era capaz de confundir uma cerveja com um suco de laranja.
Mas eu tava determinado, afinal, não ia deixar ele rir por muito tempo, não é mesmo?
- Ô, véia! - Chamo a minha mãe.
Pô, minha mãe é tão doidona que parece ter acabado de saí de uma guerra; ela corre em minha direção tão depressa que seu chinelo acabou de falece.
Coitado, mano.
- O que você quer, menino. - Ela pega a chinela e amostra pra mim - Eu devia enfia essa chinela na sua goela por ter feito eu correr até tu!
- Calma, véia. Depois compra outra.
- Diga logo o que você ia fala. - Ela jogar a chinela pela janela.
Delicada ela, graças à Deus.
- Como a senhora saber, hoje é o meu primeiro dia de trampo, tá ligado?
- Sei, e daí? - Cruza os braços.
- Pô, só tô avisando pra senhora não fica preocupada comigo depois se eu da um sumidão.
- Certo, só não saia do planeta.
- Beleza, véia.
- Véia é a sua vó.
Coitadinha, mano.
Ela nem tá aqui pra ser defender.
Portanto, eu naquela manhã já quente, esperando meu primo Hoseok voltar pra sala.
Minha mãe, do nada, resolveu que era hora de testar uma nova receita na cozinha, e lá foi ela, deixando eu e meu humor impaciente sozinhos.
O tempo passava, o sol parecia mais forte a cada minuto e eu já tava começando a ficar puto.
Quando finalmente o Hoseok apareceu, todo tranquilo, fingindo que não tinha percebido o meu estresse, não me aguentei e soltei:
- Tava cagando, né? Só pode! - Exclamo.
Ele olhou pra mim, deu uma risada, e aí sim, o clima ficou mais leve.
- Tu é muito apressado, pô, assossegar o cú. - Da um tapa no meu braço.
- Nossa, mano. Tem como, não. Ele tá pegando fogo. - Sorrio malicioso.
- Tu deixa de ser um safado.
Meu primo e eu, encarar o primeiro dia de labuta nessa terra quente de João Pessoa.
Já decorei esse caminho de ir é volta. Enquanto eu caminhava, só conseguia pensar na longa volta para casa no fim do dia, sabe?
O trampo era longe, mas beleza, o importante era ganhar o dinheiro suado.
E lá estava meu primo Hoseok, ao meu lado, ansioso com o primeiro dia de trampo, tá ligado?
Só rindo mesmo pra encarar essa jornada na terra quente do Nordeste.
Já tava quase chegando no trampo, né?
Eu já tava começando a soa que nem um tiozão na praia, quando olho pro lado e vejo o Hoseok começando a manqueja.
O sol tava pegando pesado, a terra quente debaixo do pé, e a gente parecia uns malucos tentando desviar das armadilhas do calor.
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Partiu Nordeste?
FanficComo seria um relacionamento entre um Carioca e um Nordestino? Park Jimin, um jovem carioca apaixonado pela diversidade do Brasil, por causa de sua mãe, embarcar em uma jornada rumo à Paraíba. Por lá, Jimin conhecerá várias culturas nordestinas, com...