🌵 Capítulo 1 🌵

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|Park Jimin|

O calor no Rio de Janeiro hoje tá que tá, mermão! O sol resolveu botar tudo pra fora, deixando o ar vibrando de tanto calor. As ruas tão tipo braseiro, e cada passo é um desafio, parece até que tão botando carvão embaixo do pé.

As sombras viram oásis, todo mundo querendo se esconder do sol. A brisa carioca, coitada, parece que deu uma perdida e nem lembra mais o caminho pra cidade. O calor tá tão brabo que até o asfalto tá sussurrando em reclamação.

No Rio, o termômetro mede não só a temperatura, mas a resistência de quem encara esse calor infernal.

Tô dando um rolé na praia da Tijuca, mermão! O sol tá forte pra caramba, mas o mar tá lá, dando aquele espetáculo de sempre.

O calçadão tá movimentado, cheio de gente se exercitando, uns jogando altinha, outros só curtindo o visual.

A brisa carioca tentando amenizar o calor, mas é aquele esquema, né? Tô aqui, de boa, fazendo minha caminhada na praia, aproveitando o clima carioca.

Ao sair da praia, resolvi dar uma esticada até o bar da região. Chegando lá, avistei meu primo JungHoseok, os lábios dele tocando suavemente a borda de uma latinha de cerveja, os olhos perdidos no horizonte do mar.

O semblante dele, que costuma ser radiante, agora refletia uma melancolia que não passou despercebida. Sentei ao lado dele, o som das ondas servindo como trilha sonora desse momento carioca.

O mar sempre trouxe firmeza pra nós.

Com empatia, coloquei minha mão no ombro do meu primo, que havia perdido seus pais para a violência das balas perdidas aqui no Rio.

O barulho suave das ondas contrastava com o peso da realidade que nos cercava. Em silêncio, compartilhamos o lamento por essa triste realidade.

- Eu sei que as palavras podem parecer vazias diante da dor que você está sentindo agora, mas saiba que estou aqui para apoiar você. - Suspiro - Se precisar de alguém para conversar, chorar ou simplesmente ficar em silêncio, estou aqui meu primo. Vamos atravessar esse momento juntos, e, aos poucos, a esperança encontrará espaço para se renovar.

É verdade, perder pessoas queridas de maneira tão injusta é algo devastador, e não tem resposta fácil pra lidar com isso, especialmente aqui no jeito carioca de viver.

A violência que atinge a gente de perto deixa uma marca profunda, e é difícil entender por que coisas assim acontecem.

O importante é a gente se apoiar, ficar junto, porque é nesses momentos difíceis que a união faz toda a diferença.

- Jimin... - Ele olha pra mim com semblante triste - Valeu por tudo. Mesmo...

Ele ajeita o óculos de grau no rosto, se levanta de onde estava sentado, caminhando até uma lixeira próxima dali e jogando fora, no melhor estilo carioca.

- Sua mãe ligou pra mim, mano. Ela quer que a gente voltar pra casa.

- Ela disse o motivo, mermão?

- Não, então bora voltar logo, mano!

- Beleza então, deixa eu compra uma loirinha pra mim ir tomando no caminho. - Ele assenti.

Peguei minha breja e voltei pro mesmo canto onde o Hoseok tava, de boa.

O dia já estava virando noite.

Com a gelada na mão, eu e meu primo Hoseok voltávamos pra casa. Cada gole era um alívio após o calor do dia.

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