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|Park Jimin|
O calor no Rio de Janeiro hoje tá que tá, mermão! O sol resolveu botar tudo pra fora, deixando o ar vibrando de tanto calor. As ruas tão tipo braseiro, e cada passo é um desafio, parece até que tão botando carvão embaixo do pé.
As sombras viram oásis, todo mundo querendo se esconder do sol. A brisa carioca, coitada, parece que deu uma perdida e nem lembra mais o caminho pra cidade. O calor tá tão brabo que até o asfalto tá sussurrando em reclamação.
No Rio, o termômetro mede não só a temperatura, mas a resistência de quem encara esse calor infernal.
Tô dando um rolé na praia da Tijuca, mermão! O sol tá forte pra caramba, mas o mar tá lá, dando aquele espetáculo de sempre.
O calçadão tá movimentado, cheio de gente se exercitando, uns jogando altinha, outros só curtindo o visual.
A brisa carioca tentando amenizar o calor, mas é aquele esquema, né? Tô aqui, de boa, fazendo minha caminhada na praia, aproveitando o clima carioca.
Ao sair da praia, resolvi dar uma esticada até o bar da região. Chegando lá, avistei meu primo JungHoseok, os lábios dele tocando suavemente a borda de uma latinha de cerveja, os olhos perdidos no horizonte do mar.
O semblante dele, que costuma ser radiante, agora refletia uma melancolia que não passou despercebida. Sentei ao lado dele, o som das ondas servindo como trilha sonora desse momento carioca.
O mar sempre trouxe firmeza pra nós.
Com empatia, coloquei minha mão no ombro do meu primo, que havia perdido seus pais para a violência das balas perdidas aqui no Rio.
O barulho suave das ondas contrastava com o peso da realidade que nos cercava. Em silêncio, compartilhamos o lamento por essa triste realidade.
- Eu sei que as palavras podem parecer vazias diante da dor que você está sentindo agora, mas saiba que estou aqui para apoiar você. - Suspiro - Se precisar de alguém para conversar, chorar ou simplesmente ficar em silêncio, estou aqui meu primo. Vamos atravessar esse momento juntos, e, aos poucos, a esperança encontrará espaço para se renovar.
É verdade, perder pessoas queridas de maneira tão injusta é algo devastador, e não tem resposta fácil pra lidar com isso, especialmente aqui no jeito carioca de viver.
A violência que atinge a gente de perto deixa uma marca profunda, e é difícil entender por que coisas assim acontecem.
O importante é a gente se apoiar, ficar junto, porque é nesses momentos difíceis que a união faz toda a diferença.
- Jimin... - Ele olha pra mim com semblante triste - Valeu por tudo. Mesmo...
Ele ajeita o óculos de grau no rosto, se levanta de onde estava sentado, caminhando até uma lixeira próxima dali e jogando fora, no melhor estilo carioca.
- Sua mãe ligou pra mim, mano. Ela quer que a gente voltar pra casa.
- Ela disse o motivo, mermão?
- Não, então bora voltar logo, mano!
- Beleza então, deixa eu compra uma loirinha pra mim ir tomando no caminho. - Ele assenti.
Peguei minha breja e voltei pro mesmo canto onde o Hoseok tava, de boa.
O dia já estava virando noite.
Com a gelada na mão, eu e meu primo Hoseok voltávamos pra casa. Cada gole era um alívio após o calor do dia.
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Partiu Nordeste?
Fiksi PenggemarComo seria um relacionamento entre um Carioca e um Nordestino? Park Jimin, um jovem carioca apaixonado pela diversidade do Brasil, por causa de sua mãe, embarcar em uma jornada rumo à Paraíba. Por lá, Jimin conhecerá várias culturas nordestinas, com...