A carruagem que tinha Max Emilian Verstappen e Carlos Sainz¹ normalmente não era a mais silenciosa, porque o primo do Arquiduque de Eldoria conseguia preencher o espaço com conversas e risos. O problema era que o homem estava muito pensativo desde o café, se perguntando se agradecia ao bom café que os Russell haviam fornecido ou se matava por ter presenciado aquela cena da senhorita Ricciardo comemorando um arranjo de flores — o imbecil que mandou nem ao menos sabia de sua alergia — e um convite para as carreiras na volta do Lago Senna.
Os olhos castanhos do homem, volta e meia, retornavam a encarar o relógio de bolso que mantinha dentro das calças, estava nervoso e confuso. Alguma coisa havia acontecido, ele sabia disso. O problema era saber desvendar o que havia sucedido. E o fato de Max nem ao menos se esforçar para compreender seu nervosismo estava o irritando também. O que de tão importante a janela do seu lado esquerdo tinha que Max se preocupava em ficar de olho a questiona-lo?
— Sei que quer falar, sabe que não irei perguntar. — Max chiou em algum momento depois de mais uma centena de julgamento vindo do primo de Caco, sem nem ao menos encarar o Sainz.
Carlos estreitou os olhos na direção de seu melhor amigo, irritação em sua face, quando enfiou a mão no outro bolso, sem se dar de conta que havia colocado o relógio na direita, estranhando quando sua mão encontrou algo macio. Ele se voltou confuso para as próprias pernas, querendo rir ao ver um dos bolinhos que tinha surrupiado pela manhã da mansão Russell. Max o encarou, ele conseguia ver o mesmo olhar bravo de quando precisou o arrastar para a sala, pois estava tomando o desjejum.
Carlos não entendia como Max estava sobrevivendo a comida terrível que seus empregados estavam fazendo. Carlos estava considerando que Caco os pediu para agirem daquela maneira indisciplinada apenas para os castigar por alguma traquinagem de quando eram jovens e tolos. Ele não duvidava. E o Verstappen deveria sentir a mesma fome que a sua. Entretanto, levando em consideração o histórico de Max e de como Johannes o tratava como menor, quem sabe a comida requentada fosse uma recordação antiga da sua infância.
— Quer? — Carlos ofereceu ao melhor amigo, uma pequena brincadeira, ainda lembrava da face corada de Max a Carmen quando a senhora Russell os encarou com um misto de pena e graça.
— Eu não, coma você — O Verstappen vociferou, fazendo os dois rirem — Você só me faz passar vergonha.
— Para ver o que eu precisava passar na adolescência. — Carlos fingiu limpar o suor da testa — Você me dava trabalho sendo um bastardo magricela e encrenqueiro.
— Sendo magricela ainda conseguia acabar com a maioria dos lordes que me enfrentavam.
— Por conta disso, não temos mais locais para tomar café e almoçar. Encrenqueiro.
Os dois estavam rindo, porque apesar dos pesares, eles ainda agradeciam por Carlos Sainz — o antigo arquiduque e pai de Carlos — ter obrigado ao filho se aproximar do filho do arquiduque Verstappen. Possivelmente, se Carlos não fosse obrigado no início, ele faria a mesma coisa que os outros meninos da época e se manteria longe de Max.
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ᴀꜱ ᴄʀᴏ̂ɴɪᴄᴀꜱ ᴅᴇ ꜱʏʟᴠᴇꜱᴛʀɪᴀ • ᴄᴀʀʟᴏꜱ ꜱᴀɪɴᴢ ᴇ ᴍᴀx ᴠᴇʀꜱᴛᴀᴘᴘᴇɴ
FanfictionUm grande grupo de sucessores a título da Coroa parece decidido a comparecer às Terras Médias, em Artenas, naquele ano, justamente na Temporada de Casamentos. E a rainha Corinna parecia deverás interessada em prever qual jovem solteira conseguirá fi...