Capítulo 02

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Consideração

Embora a chuva continuasse a cair por várias horas, e parecesse que não iria parar, houve um som alto da intensidade da tempestade atingindo o guarda-chuva ruidosamente. Rain não se importou nem um pouco em comparação com a frase anterior, com um toque quente na bochecha, do seu veterano.

Apenas um momento atrás o som da chuva ecoou tão alto que os seus ouvidos estavam distorcidos. O que ele disse?

O jovem ainda estava tentando se confortar, enquanto segurava o guarda-chuva com firmeza, hesitantemente se afastando do grande homem encostado no capô do carro.

Assim que terminou sua frase, a outra parte esfregou o rosto e abriu o capô do carro. Depois disso, ele olhou pro motor como se nada tivesse acontecido. Apenas o dono do carro permaneceu em silêncio. Se ele tivesse a chance, diria que não estava tentando chamar a atenção dele, entretanto outra pessoa não estava esperando para ouvir a sua resposta. Ele recobrou a consciência quando o homem mais velho lhe disse para se mexer porque ia tentar ligar o motor.

O ouvinte, que insistiu que não estava tentando provocá- lo, foi expulso do carro sem a chance de negar as acusações.

- Parece ruim. - Rain murmurou.

- Sim, isso soa mal.

P'Payu é o mesmo cara legal da moto grande, que todo mundo adora e respeita, mas a outra parte falou duramente. Como ele poderia dizer isso? Deve ter pensado que Rain era tão fraco que não poderia consertar isso, né? Sim, talvez os seus ouvidos estejam distorcidos, então ele não pode ouvir bem.

Rain começou a sorrir ao mesmo tempo que o veterano se virou para fazer contato visual e foi tão louco que ele desviou os olhos novamente.

Como você pode ser tão bonito? Estou tremendo meu corpo inteiro!

- O radiador está vazando e o som ouvido ao ligar mostra que deve haver um problema. Você deve deixar o carro estacionado aqui hoje, pois talvez nenhuma oficina vá querer passar pela chuva para rebocar o seu carro. Terá que esperar até amanhã de manhã... Se a água não inundar Bangkok.

Rain parecia mergulhado na miséria, olhando descuidadamente pro chão do estacionamento cheio de água. Se chovesse a noite toda, é verdade que nenhuma oficina estaria disposta a passar pela enchente para rebocar o seu carro. E o mais importante... Ele não conhece nenhuma oficina!

- Então, estou indo embora.

- Espere, Phi, não me deixe!

Numa emergência, Rain tinha esquecido por completo o que tinha acabado de ouvir e rapidamente agarrou a mão da pessoa com força, levantando a sua cabeça com um olhar de cachorrinho.

Payu olhou pra mão que o segurava até que Rain rapidamente a soltou.

- Você tem uma oficina que possa me recomendar, que possa pegar um carro agora?

O belo veterano acariciou o queixo pensativamente. O que fez Rain se sentir mais confortável. Certamente você tem uma oficina para recomendar, caso contrário você teria me rejeitado.

- Sim, entretanto não é barato. Você pode pagar por isso?

- Eu posso!

O jovem estava convencido do poder do cartão de crédito do seu pai para resolver esse problema, então sorriu, percebendo que a pessoa que fez a oferta moveu os cantos dos lábios. Então pegou o celular e se virou, provavelmente estava ligando pra oficina. Levou apenas um momento e, então, ele se virou de novo.

- O homem da oficina está chegando.

Esta foi a melhor frase que ele poderia ouvir. Não, a melhor foi provavelmente aquela que deixou os seus ouvidos distorcidos. Possivelmente ele estava confuso com o que P'Payu havia dito anteriormente para enganar os seus ouvidos. Também suspeitou por um momento que P'Payu tinha uma boca de cachorro ruim e propositalmente o provocou. Na realidade, P'Payu é muito bonito, legal, amigável, generoso e disposto a ajudar esse pequeno Rain, como antes.

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