CAPÍTULO DOIS

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DeMarcus

— O que você precisa?— o dono do clube me pergunta. — Drogas? Mulheres? Você me avisa e eu te ligo.

Ele está olhando para mim com esses olhos arregalados.

— Nada, cara.Obrigado.

Tudo que eu quero é que ele saia da minha frente para que eu possa falar de negócios com Tre.Aonde quer que eu vá, é tudo o que ouço... Quantas putas você está querendo esmagar esta noite, DeMarcus?

Eu não sou nada disso. Eu não estaria onde estou hoje, nem perto disso,se eu fosse como qualquer outro rapper – pegando todas na minha frente e
engravidando metade delas. Eu preciso manter o foco. Perfeito.Tenho objetivos enormes e nada vai me impedir de alcançá-los.Especialmente qualquer garota.

— Você me avisa se mudar de ideia, — diz o proprietário.

Ele acena para algumas de suas garotas e eu suspiro enquanto elas trazem garrafa após garrafa da minha Vodka e as espalham por toda a sala privada. Elas nos armaram e depois foram embora.

Estamos fazendo uma pequena festa agora que voltamos para casa em Atlanta, onde cresci. Convidamos alguns talentos locais e alguns velhos
amigos. A LiQuidate já assumiu a cabine do DJ e está a apregoar as suas t-shirts. Algumas coisas nunca mudam.

— Tome uma bebida,— Tre diz quando se aproxima.

— Essa merda?— Olho para a garrafa de Vodka com meu nome e meu estômago se revira. — Ainda não consigo acreditar que você tem meu nome
impresso naquele esgoto.

— Vinte e três milhões em receita no ano passado e crescendo, — diz ele enquanto se senta no sofá. — O álcool é onde está o dinheiro, cara. Jay-Z ganhou cinco vezes mais com bebida do que com música. Drake, Puffy, Nicki – todos eles têm suas próprias marcas.

— Sim, mas o gosto deles tem gosto de gasolina?— Pego a garrafa e dou uma cheirada. Ugh.

— Eu não posso acreditar que as pessoas bebem
isso.

— Porra, sim, eles bebem,— Tre diz enquanto pega a garrafa de mim.

Ele serve um copo para cada um de nós enquanto eu me sento ao lado dele e então ele joga a garrafa de volta no balde de gelo.

— E o dinheiro vai direto para o seu bolso.

Ele sorri enquanto segura seu copo. Eu aplaudo com ele e tomo um gole.

— Foda-se ,— eu resmungo enquanto minha garganta queima.Os olhos de Tre estão lacrimejando também.

— Talvez possamos adicionar alguns 7-Up.— Ele derrama um pouco na borda.

— Eu não quero que minha gravadora seja assim,— digo enquanto olho para a garrafa.

Tomar uma Vodka de merda é uma coisa. Mas isso...
Isso é o que eu sonho desde criança. Minha própria gravadora? Deus... eu não posso foder com isso.

— Não vai ser,— Tre diz com um aceno de cabeça. — Vai ser tudo o que planejamos.

Conheço esse cara desde que usávamos fraldas. Nossas mães eram melhores amigas e ele esteve comigo a cada passo do caminho.Ele se esforça e tem boas intenções, mas quando vê cifrões, Tre fica um
pouco ansioso e aceita, não importa a qualidade do produto que eles querem colocar meu nome.

Como esta vodka horrível que está queimando meus
órgãos internos.Gosto de tê-lo ao meu lado, mas são meus instintos que tenho que seguir. Fui eu que nos trouxe aqui.

— Por isso contratamos a MREX, — acrescenta. — Lançar sua gravadora na estratosfera, e quando você finalmente descer, será com o peso de mil Grammys.

Indefeso por elaOnde histórias criam vida. Descubra agora