21 | PAPAI NOEL DO CARALHO

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Eden adormeceu ao som dos viajantes lá fora. Depois de uma conversa mais acalorada com JP, eles não tinham realmente ido a lugar nenhum, porque John não parecia disposto a assumir a responsabilidade pelo que tinha feito, e Eden não parecia disposta a fazer isso desaparecer. Mas, ao mesmo tempo, John também não parecia disposto a levar a culpa por algo que tinha jurado não ter feito e deixar as coisas assim. Se era medo ou apenas irritação, Eden não sabia dizer, mas no dia seguinte, quando acordou, os viajantes tinham ido embora, e Birch havia voltado a parecer tão solene quanto antes, com apenas o vento fazendo barulho na entrada.

A princípio, Eden tentou pensar para onde eles poderiam ter ido, mas então ela rapidamente deixou isso de lado e voltou sua atenção para a conversa que teve com JP na noite anterior. Foi exatamente essa conversa - se é que poderia ser chamada assim, considerando o tom ácido entre eles - que fez a duquesa se vestir e caminhar até a fazenda, descendo as escadas até o subsolo para encontrar Taylor já de pé, com Keith e Blanket terminando de montar as novas câmeras.

— Bom dia — Eddie tentou sorrir, mas desistiu assim que percebeu que não conseguiria. Ela então olhou para Taylor e acenou para o fim do corredor, no meio da plantação de ervas — Uh, uma palavrinha, Teffy.

— O que aconteceu? — Taylor perguntou, parando na frente da duquesa, cruzando os braços na frente do corpo.

— Segure esse pensamento. Quem se beneficia se culparmos os viajantes e perdermos nossos meios de distribuição na Europa?

— Aquele babaca comedor de merda da Bélgica.

— Exatamente —  Eden assentiu — Posso ter sido muito precipitada com JP. Ele é um ladrão, mas não é nosso ladrão. Eles teriam ido embora imediatamente se tivessem roubado o dinheiro, mas não o fizeram. JP foi embora porque discutimos ontem à noite.

— Então, você acha que de Groot está orquestrando tudo isso?

— Ele não conseguiria fazer isso sozinho, conseguiria? — Eden jogou a ideia na mesa, e Taylor foi inteligente o suficiente para entender a linha de pensamento rapidamente.

— Concordo — ela disse — Ele teria que ter alguém de dentro.

— Alguém por perto — Eden continuou — Alguém provavelmente aqui na fazenda.

— Acho que vai rolar visitinha em Zeebrugge.

*

— Ah, Eddie, Tay — De Groot não se preocupou em fingir animação quando viu as duas figuras esticadas na frente da mesa no restaurante onde ele fazia suas refeições todos os dias. O homem mais velho colocou seus talheres de lado, com seu aperitivo pela metade, e observou Taylor sentar-se do outro lado da mesa, depois que Eden puxou uma cadeira para ela, apenas para puxar uma cadeira para si mesma. — C'est si bon de te voir (É tão bom ver você). Vocês querem que eu peça mais dois pratos para que possamos comer juntos?

— Não para nós — disse Taylor.

— Não estamos com fome.

— Ah, mas sempre dá tempo para o almoço — De Groot levantou as mãos por um momento — Vocês estão na Europa, minhas amigas! E na Europa, gostamos de viver um pouco. Na Inglaterra, vocês estão sempre tão ocupados, hein? Tic-tac, tic-tac. Como o Big Ben — ele riu, mas foi interrompido pelo garçom que se aproximou com o prato principal.

Voilà, monsieur.

— Ahhh — De Grott sorriu amplamente — Tartare de cheval.

— Isto é cava...

— Sim, eu sei o que é — ele interrompeu Eden, dando uma garfada atrás da outra, sem realmente se importar com suas próprias maneiras — Sempre achei o cavalo mais delicado do que o touro ou a vaca. Mas não é disso que estamos falando — De Groot desviou o olhar para Taylor — Presumo que sua presença aqui significa que você está disposta a reabrir as negociações?

COLD WARS | TAYLOR SWIFT X OCOnde histórias criam vida. Descubra agora