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LYSIS

— Me deixe te amar, Lys — seus olhos eram suplicantes e apaixonantes, enquanto suas palavras eram um sussurro carinhoso contra meus lábios.

Devagar, Jimin se aproximou e me beijou, um beijo suave e cheio de amor, com gosto levemente salgado pelas lágrimas. Eu me derreti em seus braços, cada preocupação e medo se dissipando naquele momento de pura conexão.

O beijo ficou mais intenso. Jimin apoiou a mão no sofá e me deitou sobre ele, ficando por cima de mim. Por baixo de sua roupa, sua pele quente e seus músculos se contraíam contra mim enquanto ele se movia, ambos respirando de maneira descompassada. Quando sua coxa se encostou no meu centro, eu gemi.

— Me deixe te amar, Lys — Jimin sussurrou, separando o beijo para observar meu rosto, ofegante.

Assenti, entendendo o que ele queria dizer. Ele queria a minha resposta, e essa era ela: desse momento em diante, eu sabia que deixaria Jimin fazer o que quisesse comigo. Nenhum medo importava mais, nenhum trauma ou história do passado ficaria entre nós.

— Sim — soprei, olhando-o nos olhos, sentindo mais algumas lágrimas escorrerem. — Por favor, me ame. Me ame, mesmo que eu seja quebrada. Me ame, mesmo que eu não seja digna de você. Me ame, mesmo que isso exija toda a paciência do mundo — pedi, olhando-o nos olhos com intensidade. — Me ame como ninguém, Jimin.

Ele entreabriu os lábios ao me ouvir, absorvendo cada palavra. Sabendo que eu precisava ouvir dele, Jimin assentiu uma vez.

— Eu te amo, Lys. Eu te amo, eu te amo, eu te amo.

Sem esperar mais, Jimin atacou meus lábios num beijo desesperado, o qual foi retribuído da mesma forma.

Sentíamos cada momento, cada toque, cada movimento. Não havia pressa, mas havia urgência, bem como um desejo mútuo de estarmos juntos, de compartilhar aquele momento único. Não me interessava que fosse no sofá do estúdio dele, desde que fosse com ele.

Jimin foi carinhoso e atencioso, guiando-me com paciência e respeito, mas também com firmeza e experiência. Seus toques eram suaves e certeiros, suas palavras sussurradas em meu ouvido eram de conforto e amor, mas também excitantes e explícitas. Senti-me segura, amada, e mais próxima dele do que jamais havia estado de alguém, e incrivelmente acesa. Minha nossa.

Enquanto nos movíamos juntos, cada momento era uma descoberta, uma confirmação do que sentíamos um pelo outro. Por mais clichê que pareça ser dizer isso, não era apenas a união física, mas um encontro de almas, uma expressão profunda do amor que compartilhávamos.

Depois, ficamos deitados, abraçados, respirando juntos e sentindo a conexão que havia se aprofundado entre nós. Um novo limite havia sido cruzado, e agora não havia mais volta. Ele acariciava meu cabelo, e eu ouvia o som de sua respiração, um som que se tornou uma melodia reconfortante.

— Não acredito que a nossa primeira vez foi no sofá do seu estúdio — murmurei, escondendo meu rosto em seu pescoço, e senti-o rir.

— Desculpa, amor. Nossa próxima vai ser na minha cama — seu sotaque de Busan enviou arrepios pelo meu corpo.

Ele ter me chamado de amor já era de tremer as pernas, e com aquele sotaque o efeito foi ainda mais intenso. Mas foi outra coisa na sua frase me chamou atenção.

— Na sua cama? Mas e a reforma?

— Meu apartamento já está pronto há duas semanas, Lys — Jimin revelou, e eu segui a cabeça para olhá-lo.

Seu sorriso relaxado me mostrava que ele dizia a verdade e não se envergonhava de ter escondido aquela informação de mim.

— E você ainda está na minha casa por quê? — indaguei, decidindo se eu ficava brava ou não.

— Você acha que eu sairia antes que nos resolvêssemos? Minha querida, eu só volto para aquele apartamento com você pendurada nos meus beiços.

Gargalhei alto, empurrando o peito do meu melhor amigo. Jimin agarrou minhas mãos e me puxou para si, com um sorriso enorme. Porra, meu melhor amigo, que agora seria mais que isso. Aos poucos, a informação de que ele nunca deixaria de ser meu melhor amigo foi se assentando em minha mente. Jimin sempre estaria lá, de um jeito ou de outro. Ou, ainda, dos dois. 

Eu ainda sentia medo. Medo do futuro, do desconhecido, do novo. Mas, ao mesmo tempo, eu nunca me senti tão segura. Eu ainda me sentia indigna de tanto amor, mas também me sentia grata por tê-lo. Eu sabia que haveria desafios, mas eu estava disposta a enfrentá-los ao lado do meu melhor amigo, futuro namorado, talvez até marido, Park Jimin.

Meu Park Jimin.

Like Crazy || Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora