𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐒𝐄𝐈𝐒
𝗇𝖺̃𝗈 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗇𝗂𝗇𝗀𝗎𝖾́𝗆 𝗉𝗈𝗋
𝗉𝖾𝗋𝗍𝗈Casamentos são uma conturbação sem fim. Pedi para que o Heeseung me levasse até o rio Han, mesmo que a essa hora de noite, prefiro horários assim, independente do vento e do frio.
Mantive meu celular contra orelha, esperando que meu pai atendesse a ligação, mas ele não atendia. Mi virei para trás e pude ver o Heeseung observando seu próprio reflexo no capô do carro, e uma leve risada saiu de mim.Sem sucesso, enfiei o celular no bolso da calça. Apenas precisava pintar algumas coisas sobre o casamento, principalmente sobre o lugar da cerimônia que até o momento havia preferência por um hotel casual.
Posso ter a plena certeza de que a curiosidade sobre o meu atual relacionamento com o Heeseung está corroendo o cérebro de muitas pessoas, principalmente o meu. E de forma honesta, admito que nosso relacionamento continua da mesma maneira, independente de tudo que havia acontecido nos últimos dias.Mesmo sabendo dos sentimentos que ele tem por mim, não consigo sentir que é recíproco. Ambos sabemos que terminamos nosso namoro na faculdade por uma razão, e é por essa razão que deveríamos manter distância um do outro. Gostando ou não, nada apaga oque aconteceu no passado. Se estámos juntos agora, é por puro amor, ou tesão.
Ele se aproximou de mim, pondo as mãos na minha cintura enquanto me apoiava na cerca de ferro rente ao rio Han. Sua respiração fria era evidente no ar, e sua mão quente era evidente ao toque.— Conseguiu avisar seu pai que nos casaremos em um hotel? — ele questionou
— Ele não atende — suspirei pesadamente — E de qualquer forma sei que ele vai reclamar sobre isso, e vai dizer que um salão de festas é mais apropriado.
O Heeseung apenas deu de ombros.
— E não seria? — ele indagou
Me virei em direção a ele, com as mãos ainda no mesmo lugar.
— Seria sim, e não fosse tão caro.
Ele apenas rolou os olhos e soltou uma risada anasalada.
Heeseung me puxou para um abraço, e por um momento senti como isso poderia acabar.— Não é de verdade, Heeseung.
— Eu sei que não — ele apenas me deu um selinho na testa, e ficou apoiado na cerca ao meu lado
Sinto que não consigo olhar para o Heeseung sem lembrar do passado que tivemos, e sinto que ele também se sente assim, mas de maneira diferente.
— Você só pensa em dinheiro, não é? — ele ironizou — Desde a época da faculdade.
— Ah, não começa — revirei os olhos — Esquece isso.
Dei um soco leve em seu ombro. E me preparei mentalmente para mais uma conversa sobre esse maldito dia.
— Relaxa — ele passou os dedos entre os fios — Mas agora que vamos casar, o suborno que você vai aceitar pra me trair, vai ser maior?
Ele levantou as mãos em forma de inocência, e um sorriso ladino que não parecia tão sincero.
— Você também não é inocente. — retribuí de forma afiada — Ao menos que me trair com minha melhor amiga tenha sido uma brincadeira sua. Nesse caso, eu esqueci de rir.
Ele desviou o olhar com um sorriso ladino.
Os iguais se entendem, e nesse caso, os piores casos se entendem.— Você sabe que te perdoei, né? — ele disse, com uma voz soturna — No fim, é você que me escuta quando eu tô mal. Você é uma boa pessoa pra mim, mas não foi uma boa namorada. Não quero dizer que eu tenha sido, mas o importante é que você tenha entendido.
— Por um breve segundo eu lembro de todos os momentos bons que vivemos, e sinto vontade de te perdoar. — comecei a beliscar a ponta dos meus dedos — Mas sabe? Nós dois fomos péssimos como namorados, mas somos ótimos como amantes.
Tomei distância da grade e dei um leve tapa na bunda do Heeseung, agarrando as chaves do carro que estavam no outro bolso.
Talvez em cinco anos nossos caminhos se cruzem de novo, e eu vou te contar o quão apaixonada eu estou por você, e a gente vai poder rir disso tudo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗗𝗼𝗻'𝘁 𝗪𝗮𝗻𝗻𝗮 𝗕𝗿𝗲𝗮𝗸 𝗨𝗽 𝗔𝗴𝗮𝗶𝗻 - 𝘩𝘦𝘦𝘴𝘦𝘶𝘯𝘨
FanfictionAlgumas coisas são grandes demais para serem vistas. Algumas emoções enormes demais para serem sentidas. Um pedido de casamento deveria ser um final feliz. Mas pra mim, é o começo de uma batalha por dinheiro. Não quero te magoar, mas e...