yes, and?

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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐍𝐎𝐕𝐄

𝖼𝖺𝗌𝗈 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝗇𝖺̃𝗈 𝗍𝖾𝗇𝗁𝖺 𝗇𝗈𝗍𝖺𝖽𝗈𝗍𝗈𝖽𝗈 𝗆𝗎𝗇𝖽𝗈 𝖾𝗌𝗍𝖺 𝖼𝖺𝗇𝗌𝖺𝖽𝗈

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𝖼𝖺𝗌𝗈 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝗇𝖺̃𝗈 𝗍𝖾𝗇𝗁𝖺 𝗇𝗈𝗍𝖺𝖽𝗈
𝗍𝗈𝖽𝗈 𝗆𝗎𝗇𝖽𝗈 𝖾𝗌𝗍𝖺 𝖼𝖺𝗇𝗌𝖺𝖽𝗈

       Peguei o último metro até aqui, e corri até o prédio, tropeçando um pouco pelas ruas e ralando meu joelho. Bati na porta do apartamento dele e esperei alguns segundos até que se abrisse.
Já era tarde, então não me surpreende que ele estivesse com uma calça de moletom e uma camiseta simples como pijama.

      Mantia minhas mãos escondidas atrás de mim par que ele não visse a minha surpresa da noite.
      Assim que ele me viu parada em sua frente, ele franziu o cenho.

— Temos que fazer nossos votos de casamento — disse revelando o papel decorado e caneta

      Ele deu espaço e assim entrei no apartamento. A TV estava pausada em um seriado, e logo me sentei no sofá, cobrindo rapidamente minhas pernas com a manta quente que estava no sofá, não queria que ele visse oque não precisava.
      Heeseung se aproximou lentamente até mim, e se abaixou a minha frente no sofá, descobrindo a manta dos meus joelhos.

— Pra que esconder isso? — ele questionou — Tá com medo de levar ponto no joelho?

      Eu sabia que ele dizia isso com ironia, mas apenas não queria ter que me explicar sobre meus joelhos ralados junto agora. Minha pressa para vê-lo no precisava ser explicada.
      Ele pegou um antisséptico e curativo, aplicando acima da ferida, mordi meus lábios por conta da ardência, e minha reação tirou um breve riso anasalado dele. Ele guardou os medicamentos em uma caixinha de madeira, e logo se jogou no sofá ao meu lado. Não sabia ao certo se deveria agradecer ou seguir em frente com meu principal objetivo.

— Doeu pedir ajuda? — ele provocou

— Na verdade, o antisséptico doeu mais.

      Coloquei a folha sobre a minha coxa, e me concentrei unicamente em escrever os votos do casamento. Expliquei estritamente oque deveria fazer e escrever no papel que seria lido durante a cerimônia, mas os olhos de Heeseung pareciam dispersos.
     Talvez ele esteja pensando sobre as nossas confissões, e eu não o culpo.

- Você conseguiu entender?

Ele olhou meus lábios, e logo meus olhos. Passando os dedos entre os fios do cabelo.

— Na verdade não. Não consigo pensar em muita coisa.

— Cabeças vazias não pensam em nada que preste. — afirmei com arrogância

— Disse a desempregada — ele soltou uma risada sincera

      Bati com a folha no ombro dele, e logo as risadas acabaram aos poucos.
       Nós dois sabíamos oque estava incomodando, e ninguém ficaria bem até que conversassemos sobre isso. Logo, pigarreei, e tomei seriedade.

— Sobre o jantar com meus pais — iniciei devagar — A Jisoo e Nayeon me deram alguns conselhos sobre a nossa situação.

— O Jay também me disse algumas coisas — ele apertou os lábios — Talvez seja a mesma preocupação.

       Um ar de nostalgia e constrangimento surgiu entre nós. Era como voltar a adolescência onde qualquer coisa era motivo de borboletas na barriga.
       O Heeseung deixava claro as intenções dele a todo instante, porém respeitávamos nossos limites em todo momento. Porém em uma situação onde ambos sabem que querem algo em comum, não tem espaço pra constrangimento ou distância.

      Tomei um impulso e, com o auxílio das mãos do Heeseung, subi em seu colo, tendo uma visão privilegiada de seu rosto.
       Um arrepio subiu por toda minha espinha, e ao momento que notei minha posição na situação atual, notei que talvez a Jisoo tivesse razão.

— Você ficaria comigo mesmo sabendo que não quero me casar? — indaguei

— Eu ficaria com você por que você é a Baek Dahee. E é a garota que eu quero. — senti seus dedos pressionarem minha cintura — O casamento é de mentira, mas se for pra te amar de verdade, não precisa me pagar pra isso.

       Soltei uma risada anasalada, e o abracei.

— Vai colocar isso nos votos?

— Não vejo por que não.

       Nós rimos em unisom, e apenas esse momento foi suficiente para me questionar por que havíamos terminado.
Meu desejo é viver com o Lee, sendo casados, ou apenas vivendo juntos, apenas quero ter ele comigo por todo tempo que não estivemos juntos.
Sentia sua respiração quente contra meu pescoço, eu sabia onde a situação levaria em poucos minutos, e me permiti sentir isso. Passei minhas unhas em sua nuca, seria uma pulsação elétrica de amor e tensão.

— Espera — ele disse, afastando seu rosto para que pudesse vê-lo — Prefere que eu vá devagar?

       A boca vermelho-viva.
      Eu até poderia gritar de nervoso pelo frio na barriga que isso me causava. Se eu já não tivesse decidido destruir aquela cara irritante e idiota de Lee Heeseung com o punho, consideraria fazer isso com a boca.
       Deixei escapar um suspiro alto de cansaço, pondo minhas mãos ao redor de seu rosto, e puxando para o beijo que ambos queríamos a tanto tempo.

       Demorou apenas um segundo a envolver-me com os braços.
Podia ouvir sua respiração pesada a cada segundo do beijo, e suas mãos se passeavam com prazer pelas minhas costas.
      Ele deixou escapar um suspiro e beijou-me com uma ternura inimaginável.
Senti um sorriso nos seus lábios, um sorriso que perdurou por muito tempo.

       Um dia a gente se casa, mas casa de verdade. Ainda mais depois de perceber dentre tantos olhares, que eu ainda o amo como se fosse a primeira vez.

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𝗗𝗼𝗻'𝘁 𝗪𝗮𝗻𝗻𝗮 𝗕𝗿𝗲𝗮𝗸 𝗨𝗽 𝗔𝗴𝗮𝗶𝗻 - 𝘩𝘦𝘦𝘴𝘦𝘶𝘯𝘨Onde histórias criam vida. Descubra agora