Capítulo 14

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Francisca Gonçalves

—VIKTOR! DESPACHA TE!- eu gritei pelo avançado leonino da minha janela.

Íamos os dois viajar para Itália. O voo estava marcado para as 6 da manhã, para ainda não haver a movimentação atual por causa do jogador. Mas parece que ele queria aquela confusão toda.

—VIKTOR!- saltei o parapeito e fui até à janela do avançado.

—AI AMOR É MUITO CEDO!- ele queixou se ainda deitado.

—TU AINDA ESTÁS DEITADO?!- eu perguntei irritada.

—Linda, nao te esqueças que eu só ponho umas calças e uma sweat. Nao fico uma hora a arranjar-me!- piscou me o olho e eu mandei lhe um dedo do meio.

—Olha, vê lá se não vais sem esta "linda" para Itália!- pisquei lhe o olho ironicamente e fiz aspas no linda.

Automaticamente ele levantou se da cama assim que eu ia saltar de novo a janela. Agarrou se à minha cintura.

—Não vás por favor!- ele pediu me enquanto me dava beijinhos no pescoço.

—Então é bom que te despaches!- eu ameacei e ele riu se.

Pôs rápido umas calças beges e uma sweat do sporting. Como, graças a Deus, já tinha a mala pronta, fomos só buscar a minha a casa.

—Juízo sim? Cuida bem dela!- o viktor deu um toque com o meu irmão.

—Diverte-te meu amor!- a minha mãe beijou me, juntamente com o meu pai.

—Obrigada! Bom, temos de ir!- avisei e despedimo-nos mais uma vez.

O Viktor também deu um beijinho à minha mãe e um aperto de mão ao meu pai. Íamos apanhar um Uber para nao termos de deixar o carro no aeroporto, uma vez que ia ser uma semana de viagem.

Quando chegou o nosso carro entrámos.

—CALEM SE!- era um rapaz relativamente novo, que quando olhou para o Viktor ia perdendo completamente os sentidos.

Rimo-nos os dois.

— Entao, tudo bem?- o viktor perguntou lhe e deu lhe um aperto de mão.

—Mais ou menos! Deixem me só assimilar durante dez segundos e depois vamos!- ele disse e eu ri me ainda mais. O viktor pegou na minha mão e olhou para mim a rir também.

Já estávamos com o carro a andar.

—Desculpem, mas eu ainda não acredito que estou com o Viktor Gyokeres no carro!- ele disse.

—Sou eu em carne e osso!- ele disse para o rapaz, o que o fez rir e descontrair um bocado.

—Promete me uma coisa, a mim e aos adeptos, por favor. Fica para a próxima época!- o jovem disse e o Gyo ficou sério.

—Eu nao posso prometer essas coisas...- ele respondeu desviando o olhar para a janela. Não pude deixar de torcer os olhos.

Nao olhou para mim o resto da viagem.

Chegámos ao aeroporto, agradecemos ao rapaz, que tirou uma foto com o viktor e saímos depois de pagar.

—Vais continuar assim estranho? Porque se for assim nem vale a pena embarcar!- eu parei no meio dos corredores do aeroporto.

—Desculpa Kika, eu fiquei a pensar no que ele disse!- ele mostrou se arrependido.

—Tudo bem!- eu não quis tocar mais no assunto.

Demos as mãos e fomos em direção à nossa porta de embarque. Claro que foi impossível não passar despercebidos no meio de toda a gente, mas uns tinham respeito e apenas observavam de longe e outros não aguentavam a felicidade e tinham de vir ter com o jogador. Eu não os culpava, afinal eu faria o mesmo.

—Tu nao és a irmã do Pedro Gonçalves?- uma menina pequena de mais ou menos sete anos veio ter comigo.

—Sou sim amor!- eu disse à pequena enquanto que me agachava para ficar da altura dela.

—Podes dar lhe isto, por favor?- ela entregou me uma carta é uma montagem de fotos, que aposto que tinha sido ela que tinha feito. Amava quando me falavam bem do meu irmão. Mas esta menina tocou me especialmente. Decidi ligar ao meu irmão, para esta falar diretamente com ele.

—E o que achas de lhe ligarmos?- perguntei lhe e os olhinhos dela brilharam.

—Eu nao quero incomodar!- ela olhou para o chão.

—Não incomodas amor! Ele vai ficar feliz de uma menina tão bonita como tu querer falar com ele!- eu disse e ela sorriu.

—Obrigada!- ela murmurou antes do pote atender o meu FaceTime.

—Mano, tenho aqui uma menina que quer muito falar contigo!- eu disse e ele ajeitou se no sofá.

Ficaram a falar os dois, e ela a dizer o quanto gostava dele. Quando desligaram, ela deu me um abraço e tirou uma foto comigo.

—O que foi?- perguntei ao viktor quando estava a ir ter com ele, pela forma de como olhava para mim.

—Não sabia que tinhas tanto jeito com as crianças!- ele acolheu me para um abraço.

—Talento natural, sabes?- eu disse ironicamente e ele riu.

—Tu nao perdes uma para te gabares pois não?- ele riu se.

—Claro que nao amor!- pisquei o olho e ele deu me um beijo rápido nos lábios.

Entrámos no avião e sentámo-nos nos nossos lugares. Adormecemos um em cima do outro é só acordámos quando chegámos.

—Agora vamos onde?- eu perguntei que nem uma criança feliz, ao pisar as terras italianas.

—Vamos pousar as coisas a casa e depois vamos procurar um restaurante para almoçar, pode ser?- ele perguntou enquanto punha um braço à volta do meu pescoço.

—Claro! Mas não íamos ficar num hotel?- eu perguntei curiosa.

—A curiosidade matou o gato sabes?- ele disse e eu revirei os olhos.

Ele riu se e levou nos até à nossa casa. Quando chegámos fiquei com os olhos arregalados. Era uma casa gigante com jardim, piscina, ginásio, sala de jogos e imensos quartos.

—Viktor, eu nem sei o que dizer!- eu disse ainda em choque.

—Não precisas de dizer nada amor, tu mereces!- ele disse e eu beijei o intensamente.

Pousámos as coisas e fomos almoçar. Não pude deixar de reparar que o Gyo recebeu uma mensagem no telemóvel, e desde aí que tinha ficado estranho. Mas resolvi ignorar e aproveitar o resto da tarde. Fomos visitar um museu e depois fomos para casa, pois estávamos demasiado cansados da viagem.

—Kika, posso perguntar te uma coisa?- ele perguntou com uma cara seria do outro lado do sofá.

—Claro!- eu respondi.

—O que é que passou com o Rúben dias e com a tua prima?- ele perguntou.

—Como é que sabes disso?- eu perguntei com uma voz fria, ao lembrar me dos acontecimentos que se relacionam com este tema.

—Foi a Bruna que me disse. Disse que era um assunto sensível para ti e que..- eu interrompi o.

—E se é um assunto sensível para mim porque é que lhe estás a tocar precisamente agora?- eu perguntei não evitando deixar uma lágrima cair. As minhas emoções nao se controlavam quando se tratava deste assunto.— Qual é a necessidade?

—Eu nao sa...- ele parou para pensar.- eu pensei que..- parou de novo.- Foi por causa da distância que...- parou a última vez.- esquece!- ele disse e eu fiquei a olhar para o chão.- Desculpa Kika!- ele disse e eu assenti.

—Só quero ir dormir!- eu disse e levantei me em direção ao nosso quarto. Senti o mesmo a deitar se ao meu lado e a abraçar a minha cintura.

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Os dias de paz acabaram 😉😉🤭🤭

Votem muito (clicar na estrela) e digam me o que estão a achar por favor!!

Um beijinho💚

O meu vizinho - Viktor GyokeresOnde histórias criam vida. Descubra agora