14. 🌊 ⋆ ࣪. .

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Piper Rodrigo

Minhas mãos suavam juntamente de uma tremedeira. Meu estômago dava cambalhotas enquanto meu coração acelerava. Os pelos do meu braço se arrepiavam. A causa disso? Walker.

Alguma coisa estava diferente com ele está noite, Walker estava me tratando diferente, só que de um jeito bom. Consegui identificar muito bem que o garoto flertava descaradamente comigo.

Eu estava passando pela escada estreita para voltar ao apartamento, tentando processar o que acabou de acontecer. Minha cabeça explodia de paranoias, pensamentos, nervosismo e ansiedade, quando entrei no elevador, consegui, finalmente, respirar direito.

Quando estava quase na porta do apartamento, Leah abre a porta, se esbarrando contra mim.

— Ah, oi, Pipes. — A garota sorriu antes que eu a interrompesse.

— Leah, o Walker quase me beijou — Coloco as mãos nos ombros dela.

— Meu Deus! E o que você está fazendo aqui? Volta lá e beije-o de verdade, garota!

Não falei nada e refiz meu trajeto, voltando ao terraço. Abri a porta de metal com ansiedade, mas ao chegar lá, não havia ninguém, exceto por Walker e, puta que pariu, Thaís.

Eles estavam tão próximos quanto eu e ele, antes de nos interromperem. Senti uma onda de ciúmes invadir meu corpo, com um sentimento de raiva, angústia e frustração. Ela realmente acha que pode beijar o meu garoto? Não agora que Walker começou finalmente a demonstrar sentimentos por mim.

— Ei, Thaís! — Digo irritada, mas era como se eles não me ouvissem — Ei, estou falando com você!

Uma onda de angústia atingiu meu corpo como um tsunami, adrenalina correndo o mais rápido possível no meu sangue, enquanto segurava as lágrimas.

Comecei a não sentir ódio apenas por Thaís, mas também por Walker. Ele acha que tudo bem flertar comigo e quase me beijar e depois fazer o mesmo com a prima? Ah, não vai mesmo.

Acordo em um pulo.

Olhei em volta, Dior e Leah dormiam pacificamente no meu quarto e o sol estava começando a nascer lá fora. O relógio ao lado da minha cama mostrava serem 06:30.

Ufa, foi só um sonho. Sentei na cama, pensativa sobre o que foi real e o que não foi. Lembro-me dos meus primos no terraço, mas isso não foi no sonho, então aquela coisa de Walker e Thaís não aconteceu. Suspiro aliviada, levantando-me e indo em direção à porta.

Não vou nem tentar pegar no sono novamente, já que sei que não conseguirei dormir novamente. Passei pelo corredor calmamente, tomando cuidado para não acordar ninguém. Entrei na cozinha, procurando um copo d'água, com sede.

Odeio ter pesadelos, parece que minha própria mente quer me assombrar por algo que não tenho culpa de sentir ou viver. É como se fosse um autossabotagem, meu subconsciente querendo sentir-me agoniada? Não suporto.

Peguei a jarra de água na geladeira e apoia-a no balcão, despejando o líquido em um copo de vidro. Olhei para minha mão, ainda enfaixada. Com todo aquele momento com Walker ontem à noite me fez esquecer totalmente da minha dor.

Entrei na sala, observando o sol invadir as cortinas, mas logo reparei em... Charlie?

— Já acordou? — Sento-me ao seu lado.

— Hm, já sim — Ele esfrega as mãos nos olhos — Dormi mal para caralho.

— Não é o único.

𝙄𝙥𝙖𝙣𝙚𝙢𝙖 - Walker ScobellOnde histórias criam vida. Descubra agora