O Corvo Poeta

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Plumas negras, olhar profundo,
Um corvo diferente, não comum.
Em vez de croaques, versos em prosa,
Um poeta nascido em sua própria prosa.

Com bico afiado, caneta em riste,
Escrevia poemas que o vento triste
Levantava, levando-os a terras distantes,
Onde corações se abriam em instantes.
Os outros corvos, com olhares duvidosos,
Observavam o poeta, curioso.

Não compreendiam sua arte, tão singular,
Mas os versos do corvo os faziam amar.
Em noites calmas, sob a luz da lua,
O corvo poeta tecia sua rua,
De palavras que transbordavam emoção,
Dando vida a cada estrofe e canção.

Assim, o corvo poeta seguia em seu voo,
Com versos que a alma e o coração comoviam.
E sua voz, ecoando pela floresta,
Uma melodia de amor e dor, jamais silenciada, o corvo poeta também era especialista em escrever sobre pena dura penitências perpétuas.

Não havia curvaturas, eram em linhas retas e suas sentenças eram sempre certas.

O Corvo Que Escrevia Poesias (Prévia)Onde histórias criam vida. Descubra agora