A cama ainda está desarrumada, existem vestígios seus por toda casa, o espaço vazio dentro do guarda roupa, aquele seu canto favorito do sofá onde vivíamos momentos de afetos e ficávamos atoa.
Por muito tempo acreditei inocentemente que você fosse real, convencido como uma criança solitária que tem a companhia de um amigo imaginário.
Garoto solitário, que no nosso imaginário alimentávamos expectativas para se
decepcionarmos.Hoje em dia tudo e muito banal,as conversas, pessoas suas atitudes até mesmo a falta delas, difícil esta sendo reconhecer o que é de fato real.
Muitos falam do amor como se realmente o conhecesse, quando na verdade não passa de um desejo de posse para saciar suas carências que possessivamente sentem sede.
Julgamos as crianças por acreditarem em algo que para nos é invisível, sendo que nós adultos acreditamos e ainda por cima se entregamos para aquilo que também não podemos ver, na esperança de nunca sermos esquecidos.
Da imaginação para o coração, o monstro nunca esteve debaixo da sua cama, mas sim em cima dela.Depois que a cama é arrumada, e a porta fechada, aquele livro você termina de ler, aquele telefonema que tanto esperava chega ate esquecer, preenche os vazios dentro de você por você.
Então se você foi meu amigo imaginário, hoje eu sei e sigo bem, e peço desculpas pois sei que machuca, caso eu tenha sido seu amigo imaginário também.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Corvo Que Escrevia Poesias (Prévia)
PuisiAqui trago pensamentos poéticos e reflexões de uma mente ansiosa e caótica. diferentes de alguns autores eu nao dedico esse livro a ninguém além de mim mesmo, mas o indico a todos. Aqui estão minhas experiências poeticamente camufladas, desde as ma...