APÓS A TUMULTUADA DESCOBERTA da verdadeira identidade da rainha, Dominic e Solara tentavam reconstruir a confiança e manter a paz em Luminae. Os tios do rei, Caelum e Elara, não estavam dispostos a permitir que uma Auroriana reinasse ao lado do sobrinho, especialmente agora que ela estava grávida.
Dom, atento ao comportamento suspeito de seus tios, pediu a Marcus, o chefe da guarda real mais leal que chegou a conhecer e seu único verdadeiro amigo, que os espionasse discretamente.
Na noite do jantar, o salão estava iluminado por candelabros brilhantes, e o clima estava tenso. O rei observava seus tios de perto, suspeitando que algo estava errado, mas sem evidências concretas. A sopa foi servida, e antes que a rainha pudesse dar a primeira colherada, Marcus, o chefe da guarda, entrou de surpresa no salão de jantar do castelo.
— Majestade, espere! — exclamou Marcus, correndo em direção à mesa.
Dominic e Solara olharam confusos para ele. Sem perder tempo, Marcus, em um movimento rápido, tomou a sopa no lugar de Sol. Em segundos, o chefe da guarda começou a tremer e caiu ao chão, espumando pela boca.
— Marcus! — gritou Dom, ajoelhando-se ao lado dele. — O que está acontecendo?
Com os olhos turvos e a voz falhando, Marcus conseguiu falar.
— Majestade... Caelum e Elara... eles envenenaram a sopa... a “flor de sangue”... — sussurrou ele, com dificuldade.
Dom franziu o cenho, reconhecendo o nome do veneno. A “flor de sangue” era uma planta rara e mortal, conhecida por causar uma morte lenta e dolorosa com quem sabia a quantidade certa. Os primeiros sintomas começavam com um incômodo na garganta, que rapidamente se transformava em uma sensação de ardor. O veneno se espalhava lentamente pelo corpo, atacando os órgãos internos e causando uma morte agonizante em questão de minutos.
— Guardas! Prendam Caelum e Elara! — ordenou ele, com raiva e desespero, encarando os tios.
Caelum e Elara foram arrastados para uma sala privada, onde o rei e a rainha, com lágrimas nos olhos, os confrontaram.
— Como vocês puderam? — Gritou Dom. — Marcus sacrificou a própria vida para salvar Solara e nosso filho! Confessem seus crimes!
— Fizemos isso para proteger o reino! Ela não pode ser a rainha, muito menos gerar nossos herdeiros! — Caelum tentou argumentar.
Elara, vendo que a situação era insustentável, desabou em lágrimas.
— Nós só queríamos manter a linhagem pura...
— Guardas, levem-nos. — Ordenou Dom, sua voz fria e determinada. — Eles enfrentarão a justiça por seus crimes.
No entanto, enquanto Caelum e Elara eram levados, Marcus, com as últimas forças, segurou a mão de Dominic.
— Majestade... Eles também mataram seus pais... Eu descobri... Caelum e Elara... estavam por trás do envenenamento... da sopa na noite em que seus pais morreram... Eu tentei... proteger você... — Marcus ofegou, sua voz enfraquecendo.
Dom sentiu uma onda de choque e raiva.
— O que você está dizendo, Marcus? — perguntou, segurando firme a mão de seu fiel guarda.
— Eu encontrei... cartas... provas... nos aposentos deles... Eles planejaram tudo... até hoje... — Marcus murmurou, seus olhos se fechando lentamente.
Dom e Sol ajoelharam-se ao lado de Marcus, lágrimas escorrendo pelo rosto de ambos.
— Obrigado, meu amigo... — Sussurrou Dom, a voz embargada pelo choro. — Você salvou nossas vidas.
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1. HISTÓRIAS ANCESTRAIS: Sussuros de Magia & Vingança (CONTO)
Fantasi🥇No Desafio de Contos de Fantasia no Torneio Ler & Sonhar Na enigmática terra de Luminae, onde antigas magias e segredos obscurecem as montanhas e rios, o jovem rei Dominic Brightwood enfrenta ameaças internas e externas logo após sua coroação. He...