Toji aparentava esperar alguma resposta, molhei meus lábios com a língua, passando-a de forma lenta e engoli seco, tentando cabular alguma resposta.
{Nome}: Ele era meu..
— Funcionário, é, eu era o funcionário dela. — Naoya completou minha frase com um olhar sério, mesmo com um leve sorriso nos lábios. Toji arqueou a sobrancelha achando tal situação estranha, mas não ousou falar nada.
Não entendia do porquê ele queria esconder o que era comigo, mas por algum motivo sabia que era por causa do toji. Sentamos próximos ao sofá e ficamos conversando sobre coisas aleatórias, e impressionantemente, toji estava com um leve sorriso nos lábios.
— Lembro de quando minha ex-esposa estava viva, e nós éramos grudados. — Ele falou para naoya que riu nasal, enquanto me olhava bebericando seu vinho.
— Aquela época era muito boa.
— E aquela sua ex-namorada? — Tossi brutalmente quando ouvi essa pergunta saindo da boca de toji, colocando a palma da mão na minha boca e tossindo, fingindo que engasguei acidentalmente com meu vinho seco. Ele apenas me olhou e voltou a olhar seu irmão.
— Ah, sabe como é né? Terminamos porque descobri uma traição vindo dela.
Minha garganta ficou engasgada de palavras ao ouvir aquilo, lembrando-me que era apenas um restaurante, dois irmão se reencontrando após muito tempo, suspirei fundo e fiquei quieta, sabendo que não valia a pena, por agora.
Toji não soube como reagir a esse conto mentiroso que seu irmão contou, mas ele deve ter acreditado por serem tão grudados quanto pode. — Você me falou que ela era uma ótima namorada, do nada ela te traiu?
Naoya ficou sem argumentos por alguns segundos, parecendo estar pensando em alguma justificativa boa para tentar se refutar do passado. Eu apenas ouvia toda a conversa sem me intrometer, bebendo meu vinho com elegância e sorri para o garçom que abriu a porta interrompendo a tal conversa, colocando meu prato na mesa, agradecendo em um sussurro e segui ele com o olhar quando direcionou para sair da sala.
— Então, ela aparentava ser uma mulher boa e cuidadosa, mas ela conseguiu me manipular direitinho.
— Que nojo, detesto mulheres assim. — Meu olhar rodou discretamente até Naoya e Toji em um tom de julgamento, como estivesse incrédula com tal assunto.
Minha língua coçava para falar, mas iria sobrar para mim depois disso. Ambos continuaram a conversa, até que naoya teve que ir embora e na despedida, ele veio falar comigo.
— Tchau, mulher do toji. — Por alguns segundos fiquei sem reação, mas sua mão estava esperando um cumprimento, cumprimentei-o educadamente e ele foi embora, deixando apenas eu e toji naquela sala do restaurante.
— Está tudo bem? Me parece que está suando frio. — Ele se aproximou e colocou uma mão na minha coxa, acariciando-a na parte lateral com seu dedo polegar, senti um arrepio e na visão periférica, consegui ver ele me olhar, tentando decifrar o que ele estava pensando.
{Nome}: Sim, está. Você não vai pedir nada para comer?
— Não, não estou com fome. Bebida alcoólica me deixa cheio.
{Nome}: Estou com sono, podemos ir embora agora? — Vi ele negar enquanto olhava para porta, vendo um homem entrar na sala. Não o conhecia, mas havia chances de ser o pai dele.
Suspirei cansada, os saltos machucavam meu pé desconfortavelmente e murmurei um grunhido com xingamento. — Está tudo bem, querida? — Bingo, acertei em cheio que ele estava fingindo ser meu marido na frente de todos, por isso o terno dele combinava com meu vestido.
Olhei para ele e com o olhar tentei faze-lo ler minha expressão de confusa, mas ele apenas sorriu em discreto. Eu estava sendo obrigada a entrar no personagem, tomara que eu seja paga depois disso.
{Nome}: Não está meu bem, meus pés estão ficando desconfortáveis diante desse salto machucando eles.
— Tira os saltos dela, toji. Cavalheirismo, foi assim que te ensinei. — Senti meu estômago embrulhar quando ouvi "te ensinei", então o homem de fios brancos do cabelo até a barba era realmente seu pai.
Toji suspirou pesadamente em frustração e agachou na minha frente, apoiando seus joelhos no chão e retirando meus saltos com delicadeza, era estranho ve-lo agir assim, não mostrava ser o toji que quase me matou por dinheiro.
Ele subiu e sorriu, sussurrando um "pronto querida", voltando a conversar com seu pai. Meus olhos pesaram e bocejei em preguiça, meus músculos já estavam pedindo descanso, mas sabia que toji não iria sair do restaurante nem tão cedo.
Me aproximei mais perto dele e passei meu braço por de baixo do braço dele, apoiando meu braço no antebraço dele, encostando minha cabeça no bíceps musculosos que servia como travesseiro por serem tão grandes mesmo com paletó.
Bocejei outra vez e meus olhos se fecharem e abriram, tentando lutar contra o sono. Toji se inclinou para meu lado um pouco e sussurrou: — Durma sem preocupações, {Nome}. Está segura comigo.
Não era o personagem dele, ele realmente estava falando sério, com tudo um arrepio subiu até na minha última espinha com sua fala protetora.
Assenti positivamente de forma tranquila e sonolenta, fechei meus olhos e meu corpo amolecia, a única coisa que senti foi seu braço passando atrás de mim em volta da minha cintura e agarrando-a firmemente.
Não sei, talvez eu estava me sentindo protegida demais para um personagem.
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𝐀𝐂𝐊𝐍𝐎𝐖𝐋𝐄𝐃𝐆𝐄; 𝗧𝗼𝗷𝗶 𝗙𝘂𝘀𝗵𝗶𝗴𝘂𝗿𝗼.
Fanfiction˚ ༘ ೀ⋆。˚ - No começo, tudo se tornou flores, mas quem disse que tudo era amores? Um vaso quebrado agora não tem nem caco para ser recolhido, mas alguém consertou esse vaso afligido. Toji F. × Reɑder.