๋࣭ ⭑ 𝑺𝑯𝑶𝑷𝑷𝑰𝑵𝑮 𝑪𝑬𝑵𝑻𝑬𝑹.

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Era inevitável não perceber que o clima fica estranho quando ambos estão no mesmo ambiente, sem o ter que conversar, mas apenas trocar olhares. De vez em quando, toji tentava abrir a boca para falar algo mas acabava falando outras coisas aleatórias, como limpeza doméstica ou se faltava alimento.

Mas conseguia perceber que toji estava se esforçando para tentar me manter segura perto dele, o que era muito difícil. O olhar que ele transmitia antes era superioridade e arrogância pura, hoje em dia mudou por pena e como implorador para confiar nele. Eu sabia bem que não era só eu que ficava estranha quando estava perto dele, ele também ficava.

— {Nome}. — A voz de toji ecoou pela cozinha, virei minha cabeça para olha-lo enquanto enxaguava as talheres, ouvindo atentamente o que ele iria falar. — Quer ajuda?

Uma sensação estranha se passou pelo meu peito, não sabia identificar se era boa ou não, era a primeira vez que ele estava se oferecendo. Suspirei antes de responder e enxuguei as talheres no pano de prato que estava em meu ombro direito, meu olhar se cruzou com o dele, piscando lentamente.

{Nome}: Se não for pedir muito, pode apenas secar os pratos e os copos que vou enxaguar agora?

— Claro, sem problemas. Licença. — Ele falou antes de pegar o pano de prato de meu ombro e esperou eu enxaguar os objetos para secar, definitivamente, Toji estava agindo diferente.

É como se ele quisesse quebrar todo o clima ruim que há entre nós sendo educado e carinhoso, mesmo que em seus olhos refletia frieza e em sua voz refletia arrogância pura. Enxaguava os copos e dava para ele seca-los.

{Nome}: Toma, toji.

— Hm.

Ficamos assim até acabar toda a louça, lavando a pia e assim sequei minha mão no pano de prato que estava na cintura dele amarrada na calça. Ele apenas olhou para baixo e sorriu, prestei mais atenção achando que era coisa da minha cabeça, mas ele realmente estava sorrindo.
— Na minha visão, você é pequena. — Ele acariciou meu rosto, e depois se afastou para beber água. — Aliás, quer ir a uma viagem em Maldivas?

{Nome}: Lá vem você me chamando de pobre em outras circunstâncias. — Ele riu nasal me olhando, esperando ansiosamente eu responde-lo enquanto bebia água. — Sim, Fushiguro.

— Porra, pensei que iria negar mulher.

Ri baixo sem mostrar os dentes, revirando os olhos de forma divertida. Meu coração estava acelerado, se tornava raro ter momentos assim com ele, meu instinto falava para eu me aproximar mais e deixar o medo de lado, no entanto, era difícil esquecer o que passei na mão dele.

— Vá se arrumar para irmos ao shopping comprar roupas para você antes da viagem acontecer.

{Nome}: Não acho que preciso- — Toji me interrompeu colocando meu dedo indicador na minha boca

— Shh, é presente. — Ele afastou o dedo e olhei-o incrédula, olhando para ele de cima a baixo que foi retribuído e ele colocou a mão na cintura.

Subi para meu quarto, colocando uma roupa confortável sem mostrar muita coisa e o tênis preto da All Star, passando um perfume. Já havia tomado banho, não tinha muito com o que me preocupar e a única parte que sobrou foi arrumar meu cabelo.

Desci as escadas e lá estava toji rodando a chave no dedo, com uma calça moletom cinza e uma blusa preta que marcava toda a existência dos seus músculos em seu físico, e um tênis simples preto. Ele me olhou ao ouvir o som do meu tênis pisar na última escada feita por mármore branca e se levantou.

— Vamos, senhora?

{Nome}: Que horror, nunca mais me chame de senhora ou arrancarei o seu bem mais precioso.

Ele colocou a mão no meio da calça, e fez uma expressão de dor, saiu andando e sua mão tocou na maçaneta, abrindo a porta para eu passar e fomos para a garagem. Ele escolheu ir de McLaren da cor preta, Toji caminhou para a porta do banco do passageiro e abriu a porta para mim entrar, murmurei um agradecimento breve.

O clima aqui fora estava favorecivel, não estava nem quente e nem gélido, porém, sou uma pessoa totalmente frente e minha pele arrepiou com poucos segundos de contato com o ar gélido que entrou na garagem pelo os buraquinhos.

Toji entrou no banco do motorista e ligou o motor do carro, meus ouvidos apreciaram o bom som que o escapamento fez e suspirei de satisfação, era quase um tesão. Ele me olhou antes e colocou a mão na minha coxa, aproximando de mim e sussurrando no meu ouvido:

— É hora da gente experimentar o doce de viver, {apelido}. Espero que esteja pronta, quero que estoure meu cartão hoje.

——————

Literalmente toji: deixa acontecer macumbalmente.

SPOILER: preparem o choro para o próximo capítulo.

𝐀𝐂𝐊𝐍𝐎𝐖𝐋𝐄𝐃𝐆𝐄; 𝗧𝗼𝗷𝗶 𝗙𝘂𝘀𝗵𝗶𝗴𝘂𝗿𝗼.Onde histórias criam vida. Descubra agora