▋[Nome] tem um grande problema que é sua timidez. A pedido do seu pai ela tenta se enturmando entrando para um clube, o escolhido sendo se tornando a nova gerente do time de vôlei do Nekoma. O capitão do time decide tomar para si a missão de ajudá-l...
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Passando os dedos sobre os fios de cabelo tirando o excesso de água, desliguei o chuveiro e alcancei a toalha amarelo com bordados de flor feitos pela Nana, enrolei no corpo e com outra toalha menor enxaguei o cabelo.
Do armário do banheiro tirei o hidratante corporal que costumava usar e depois de esperar secar fui até o guarda-roupa vestindo uma calça de moletom e uma camiseta de manga longa. Voltei ao banheiro para estender a toalha, fiquei de frente ao espelho e soltei a toalha que estava em minha cabeça.
Peguei o vidro de creme de pentear espirrando em minha mão e em seguida passando pelo cabelo, penteava o cabelo com calma enquanto repassava os acontecimentos do dia em minha mente. Soltei um suspiro cansado enquanto guardava a escova na gaveta e os produtos que usei em seus devidos lugares.
Fechei a porta do banheiro e caminhei até minha escrivaninha, me sentando e tirando os materiais para fazer as lições do dia. Respondia as questões dadas de geografia sem ânimo enquanto pensava sobre o clube.
"Nós somos uma família, se você entrar para o time você fará parte dela" "Uma assistente faz falta e tenho certeza que eles gostaram de você" "Você vai ficar, não vai?"
Entrar para o clube de vôlei... seria perda de tempo entrar para um clube no último. Geralmente os estudantes largavam suas atividades antes das férias de verão para focar totalmente no que fazer depois do ensino médio.
E como Naoi disse, eles jogavam em campeonatos então é uma atenção especial que deve ser colocada nas atividades do clube e não é o que meu pai quer. Ele quer que eu me enturmo e me desenvolva e não que eu desvie meu foco do objetivo final, mas...
Eles pareciam tão felizes e empolgados enquanto jogavam e conversavam entre si, cada um tem sua função e tende a procurar melhorar suas habilidades. Sinto uma pequena pontada de inveja arder em meu peito.
Nunca fui boa em nada. Não tinha nenhum hobby que me destacava e nenhuma habilidade que pudesse me gabar de ser boa. Sempre estive aqui, dentro do meu quarto e minha zona de conforto, minha visão do mundo não passa do que tem além da vista da minha varanda.
Eles são livres para decidir o que querem, o que fazem e de tomar suas próprias decisões. Por que não posso ser como eles?
Eu tinha sete anos. Estávamos dentro do carro, aquele vez Happy estava doente e não pode me buscar. Estava feliz, meu pai tinha ido me buscar na escolinha aquela dia, era tão raro ele me buscar. O sorriso estampado em meu rosto enquanto mexia na pelúcia em meus braços.
Ele disse que iria buscar a mamãe também, será que ele nos levará para passear? Ou para tomar sorvete? Fiquei animada só de pensar, já faz tanto tempo des da última vez.
Em frente ao prédio que minha mãe trabalhava esperávamos dentro do carro, ele parecia irritado com alguma coisa enquanto lia alguns papéis e vez ou outra apertava o volante estressado.
