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Maraisa

A tal da Marília dirigia pelas avenidas  em silencio, o carro estava um completo silêncio.

Estou encolhida e abraçando a mim mesma no banco, com medo, com muito medo. Não tinha nem ideia do que ela ia fazer comigo quando chegássemos em sua casa e sinceramente, eu meio que não estava afim de pensar muito nisso.

Essa louca seria capaz de tudo.

Ela parou o carro e olhei para fora, uma casa bonita, muito bonita e grande, dava umas 15 da minha.

Não podia negar que a vagabunda tinha dinheiro.

Ela saiu do carro e abriu a porta do meu lado, segurou meu braço e me puxou com brutalidade para fora do carro, gemi de dor mas me contive.

Ela me puxou para dentro da casa sem falar nada, me levou escada acima e me jogou em um quarto escuro. Merda, escuro de novo, ela fechou a porta e saiu.

Fiquei um tempo no chão apenas tentando me acalmar um pouco, me levantei trêmula e passei as mãos pelas paredes a procura do interrupitor, quando o achei, apertei e as luzes se acenderam iluminando tudo o local, suspirei aliviada.

Olhei ao redor, notei uma cama grande, uma poltrona, tapete que cobria boa parte do chão amadeirado.

Andei até a cama e me sentei devagar ainda um pouco aérea. Aos poucos a ficha foi caindo e juntamente com ela veio as lágrimas. Meus soluços eram um tanto quanto altos, sentia meu corpo tremer enquanto meu choro aumentava.

Me deitei me encolhendo e abraçando minhas próprias pernas, virei para o outro lado e percebi um ar condicionado no teto, estava ligado, isso explica o quarto gelado. Muito gelado inclusive.

Não tinha lençóis ou cobertores na cama para me esquentar. Continuei chorando, só queria que aquilo acabasse logo.

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Acordei um pouco assustada, abri os olhos e senti frustração quando notei que tudo era real, não foi um sonho.

Permaneci parada, sentia meu rosto molhado pela crise de choro, e o ar gelado do ar condicionado me deixava com ainda mais frio.

Meu corpo tremia.

Senti um olhar em mim e me sentei devagar.

La estava ela novamente a loira estava sentada na poltrona me observando. Me encolhi ainda mais, encarando ela assustada, ela estava com um top preto e uma calça moletom cinza

Marília: Finalmente acordou

Não falei nada.

Mordi meu lábio vendo ela se levantar e andar até mim em passos lentos. Ela se sentou na cama e se inclinou em minha direção.

Marília: Aqui temos regras, gatinha, uma delas é, eu mando e vc obedece - disse ríspida.

  O pior, é que ela é tão linda... Seus olhos castanhos são lindos...

Ela prendia minha atenção de uma forma inexplicável, ela se aproximou mais e mais... Seu nariz encostou no meu, sentia minha respiração acelerada, fechei meus olhos esperando o ato.

Ato que não veio. Ela riu, apenas riu, abri meus olhos e vi ela sorrindo, meu Deus, que sorriso maravilhoso. Ela conseguia ser ainda mais bonita sorrindo daquela forma.

Marília: Acha mesmo que eu ia te beijar? - perguntou me zombando.

Maraisa: A-ah... Eu não sei... A-achei que... - tentei me explicar mas sua risada me cortou.

DOCE VINGANÇA G!POnde histórias criam vida. Descubra agora