Ate no inferno

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Yoongi

Saio dali sem avisar ninguém peço para que ela fique no quarto e me espere.

Entro no meu carro e vou direto para a minha casa.

Arrumo a minha mala de saída rápida da cidade, como S/N não tem nada na casa do Nam e não dá pra ir na casa dela buscar, por que eu ainda não tenho a certeza que a ameaça acabou.

Enquanto arrumo a minha mala penso em pegar um voou comercial, mas aí Nam saberia aonde eu estou e eu não quero isso.

Então ligo para um amigo e peço seu jato emprestado para me levar até um lugar seguro para que eu possa pegar o meu e ir ao meu destino em segurança.

Não sei exatamente oque aconteceu lá mas ela está bastante abalada e desde que ela acordou não perguntou sobre o nosso pai.

Assim que ele deixou ela na casa do Nam ele sumiu no mapa.

Típico dele.

Mas não foi justo com ela, quando ela mais precisou de um ombro amigo para chorar, da família presente ali, ele não estava lá.

Saber que Jhope morreu para salvar meu pai me dá raiva.

Por que ele não o impediu?

Foi um covarde.

Apesar de tudo, sou eternamente grato ao Jhope por ter salvado a minha família.

Depois de separar o básico para levar pego a mala e saio de casa.

Quando eu chegar ao meu destino com S/N comprarei roupas novas para ela, aliás comprarei tudo oque quer e precisa.

Eu preciso retornar para a Coreia assim que deixar ela longe e em segurança.

Preciso resolver umas coisas, e tirar umas férias para ficar com ela esse tempo, preciso ajudar ela a passar por tudo isso.

Preciso tirar o Nam do caminho dela.

Se ele não tivesse se apaixonado por ela, isso não estaria acontecendo.

Ela não teria enfrentado metade do inferno que ela enfrentou sozinha.



S/N

Assim que Yoongi sai, eu caio de joelhos no chão.

E mas uma vez eu me entrego ao choro.

Penso em tudo.

Penso até no medo que eu senti de nunca mais ver meu pai.

Do medo de morrer ali.

De descobrir que em todos esses anos eu tinha um irmão, que eu não estava sozinha.

De saber que em todo esse tempo meu pai mentiu para mim.

De saber que Jhope sabia de tudo desdo início.

Grito pela dor que havia no meu peito.

O grito que estava preso na minha garganta.

O grito que eu não consegui dar quando o Jhope morreu.

Quando eu fui espancada.

O grito que estava preso na minha alma.

Sinto uma mão no meu ombro.

Me assunto.

Era Jeon.

Ele me puxa para ele e me abraça apertado, afundo meu rosto em seu pescoço, e continuo ali chorando, choro até eu não aguentar mais, até eu sentir que não tinha mais lágrimas.

O mafioso e eu Onde histórias criam vida. Descubra agora