Diferente dos Iguais.

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Eu me sinto estranha.
Sinto como se eu não me encaixasse nesse mundo.
Será que eu sou tão estranha assim,
Ou talvez eu apenas seja
Diferente dos iguais?

Completos idiotas que adoram ser básicos.
Idiotamente iguais a todos os outros,
Qual a graça nisso?

Eu amo ser diferente,
Não totalmente diferente,
Sou igual a todos,
Mas do meu jeito,
Eu apenas sou
Eu?
Entende?

Me acham esquisita
E me chamam esquisita,
Apenas por encontrar
Paz e conforto
Na natureza,
Nos livros,
Na arte,
Nas belezas do mundo real.

Me acham esquisita
Por que o mundo morderno
Não me encanta.
Me acham esquisita,
Apenas porque eu me apaixono
Na beleza dos instantes.

Eu não sou diferente,
Sou apenas uma pequena artista
Com grandes sonhos,
Mas ao mesmo tempo,
Sonhos simples,
Sonhos pequenos,
Com coisas normais e belas
Da vida.

Isso é ser estranha?
Encontrar paz e conforto em livros e poemas
Em uma geração de games e tecnologias?

Quando foi que o mundo se perdeu assim?
Livros ainda são importantes,
Poesias são importantes,
A arte é importante.

Eu vejo o tempo passar
E eu não sei o que fazer,
Vejo sempre todos tão corridos,
A maioria com sonhos enormes,
Eu já não sei o que fazer com meus sonhos pequenos,
Eles são tão julgados,
Que cada dia que passa eles são mais e mais
Reprimidos.

Meu sonhos estão sumindo
Aos poucos
E eu não posso fazer nada,
Além de aceitar.

No fim são todos iguais.
Idiotamente Iguais.
Básicos, sem graça, sem cor,
Sem vida.

Eu me sinto perdido nessa geração,
Me sinto estranho nesse tempo,
Acho que não sou desse mundo doentio de tecnologias.
Eu devo ter me perdido no tempo,
Em outra época,
Eu devo ter errado de vida.

Eu me sinto tão diferente
E estranha,
De todos os iguais
Que habitam neste mundo,
Tão igual, tão basico,
Sem graça, sem cor,
E já sem vida...

Diário de uma jovem pensanteOnde histórias criam vida. Descubra agora