Poemas

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"E como é que você faz seus poemas?"

Ah, meus poemas?
Eu os escrevo no silêncio da madrugada.
Naquela hora em que não se escuta nada do mundo,
Nem moto e nem carro nas ruas
Nem gente conversando ou rindo.
Quando todas as casa estão escuras,
Quando todos os animais dormem,
Menos os galos,
Eles são os únicos que permancem acordados neste horário.

Quando tudo fica quieto de mais,
É quando meus pensamentos vem à tona.
Sem o barulho do dia,
Minha mente se desespera.

Em busca do silêncio,
Eu escrevo
Uma tentativa de silenciar o barulho que há dentro de mim.
As vezes funciona,
E a cabeça até se engana, pensando;
"Ué, será que aconteceu alguma coisa?"
Mas é claro que sim,
As coisa nunca param de acontecer,
Seja no barulho do dia,
Ou no silêncio da madrugada.

Mas no fim, é bom,
Gosto de desabafar em meus poemas,
Até porque, nenhum poeta é poeta sem dizer sobre si.
Todos nós temos essa mania de escrever sobre o que sente,
Mas com palavras bonitas,
De um jeito um doloroso até.
Mas é assim, que até os mais loucos,
Os mais idiotas,
Os mais estranhos,
Nos entendem.

Eu gosto de escrever
Quando o mundo está em silêncio,
Mas nem tanto calado,
Com apenas o tictac do relógio,
E o barulho irritante da geladeira,
Juntamente com o canto dos galos,
O chiriar dos grilos,
E o ronco de meu pai.

Mas eu gosto disso,
Transformar a confusão
Da minha mente
Em palavras bonitas,
Em um belo poema.
É onde eu me sinto,
Verdadeiramente,
Vivo.

Mas eu encerro aqui,
Pois já está tarde,
E eu sinto que já falei de mais.
E além do mais,
Um bom poeta
Também precisa dormir.

Diário de uma jovem pensanteOnde histórias criam vida. Descubra agora