🥀028
[ANTES]
Tobirama acordou com os raios solares em sua cara. Ele grunhiu sonolento, resmungando rabugento enquanto se virava e escondia o rosto da claridade.
Alguém suspirou contente quando foi abraçado mais forte por ele. O Senju franziu o cenho, tirando o rosto dos cabelos longos, escuros e lisos de Izuna, notando que tinham dormido no gramado e que ele estava encolhidinho em seu peito.
Achou a cena extremamente fofa. Izuna fazia biquinho para dormir e suas mãos apertavam o tecido de sua blusa, como se estivesse com medo de ficar sozinho de novo.
Tobirama tampou a claridade do rosto dele quando notou que ele começou a piscar, despertando. Após achar que Izuna já tinha se acostumado o suficiente, destampou aos poucos o rosto dele, vendo aqueles olhos escuros brilhantes o olhando com adoração por sua atitude.
Era a melhor recompensa por um ato que nem pensou antes de fazer.
- Buenos días, mi estrella. - Ele desejou, rouco e arrastado, fazendo carinho em sua bochecha.
Izuna se arrepiou. Se ouvir a voz do Senju já era excelente, com ele falando em espanhol e com o tom grave de quem acaba de acordar, era melhor ainda.
- Bom dia, Tobirama. - Ele sorriu pequeno. - Que horas são?
- Hmm... - Ele se mexeu, tentando achar seu celular, que estava caído na grama não muito longe dali. Ele desbloqueou, vendo mensagens não lidas e a hora. - São sete e meia. Vamos nos arrumar? Temos que estar lá às oito.
- Lá....?
- Sem chance, não vou te contar. - Ele riu do biquinho marrento do moreno, se levantando para o ajudar a se levantar. - Se quiser tomar um banho, o seu quarto é do lado do meu. Fica a direita do corredor, as primeiras portas dele. - Izuna assentiu, anotando mentalmente. - Não tome café-da-manhã, faz parte da surpresa.
- Espera, você não está gastando muito com isso, né? - O olhou receoso e Tobirama ergueu uma sobrancelha antes de olhar todo o seu quintal, que ia além da vista, para depois olhar a enorme estrutura da sua casa. Voltando a olhar para Izuna, com um sorriso de canto.
- Não se preocupe, dinheiro não é problema. - Ele beijou o topo da sua cabeça e entrou, puxando Izuna com ele.
A casa estava extremamente silenciosa, o que denunciava que os outros quatro ainda dormiam. Eles se separaram quando chegaram nas portas de seus quartos e Izuna sorriu bobo ao ver que os meninos tinham arrumado suas coisas nos lugares enquanto ele dormia com o irmão mais velho.