- O que vamos fazer aqui? - Tobirama perguntou quando Izuna o puxou para dentro da biblioteca.

Aquele lugar era maravilhoso. As estantes iam até o teto, tinha dois andares. Livros de todos os gêneros e sofás aconchegantes. Uma lareira protegida para esquentar o ambiente em dias frios, mas não prejudicar os livros. E o piano.

- Maddy disse que você toca. - Ele o puxou até o instrumento, pedindo que o mesmo se sentasse antes de se sentar. - Quer tocar comigo?

- Você sabe tocar? - Ele o olhou impressionado e Izuna sorriu doce.

- Bom... - Ele ergueu a proteção das teclas, posicionando os dedos finos e bonitos nas mesmas. - Eu fui forçado a aprender. Isso e violino.

- Violino? - Tobirama suspirou, imaginando um Izuna concentrado tocando. - Se eu te comprar um, você toca para mim?

Izuna riu baixinho, negando com a cabeça. Ao mesmo tempo, sem responder com palavras, ele começou a tocar o piano. Bom, ele só sabia ópera e músicas extremamente analisadas antes por sua mãe. Nisso, elas eram meio melancólicas e frias, mas tão elegantes e afiadas quanto.

Tobirama posicionou as mãos também e começou outra melodia. Os ritmos se mesclando e tornando tudo uma bagunça harmônica. Izuna começou a rir da confusão e Tobirama sorriu feliz, empurrando ele de leve com o ombro.

- Eu realmente nunca soube que ele podia caminhar assim. Ele faz um homem querer falar espanhol. Como se chama, bonito, sim, minha casa, sua casa. - Tobirama cantou, querendo usar o espanhol, mas sabia que Izuna não conseguiria o acompanhar dai.

- Ah! Essa eu sei! - Izuna ficou todo radiante, acertando uma bofetada de amor no peito do Senju. - Oh baby, quando você fala assim. Você faz um homem enlouquecer. Então seja sábio e continue. Lendo os sinais do meu corpo. E eu estou dentro esta noite. Você sabe, meus quadris não mentem. E eu estou começando a me sentir bem. Toda a atração, a tensão. Baby, você não vê, isto é a perfeição. - Cantou também, rindo e se divertindo de verdade.

- Oh rapaz, eu posso ver seu corpo movendo. Metade animal, metade homem. Eu não, não sei realmente o que estou fazendo. Mas parece que você tem um plano. Meu desejo e vontade reprimidos. Começaram a falhar, falhar agora. Veja, eu estou fazendo o que posso, mas não posso mais. Isto é um pouco complicado explicar. - Tobirama retornou a cantar, usando seus dedos habilidosos para criar uma melodia totalmente fora de ritmo, mas muito divertida e alegre.

Izuna parou de tocar a sua depressiva, apenas para ficar sorrindo enquanto olhava no rosto do Senju, vendo ele fazer caras e bocas ao mesmo tempo que se esforçava para tocar daquela forma.

Quando enfim se cansou, ele respirou fundo e ergueu o olhar. Izuna, de fato, era uma estrela. Não, uma constelação inteira. Não! Era o universo todo, cheio de astros, cometas e pontos brilhantes, incapazes de serem descobertos por completo, porque Izuna Uchiha era cheio de camadas, uma mais magnifica que a outra.

E olhando ele assim, com aqueles cabelos compridos, até uma certa parte pretos como pixe e então em direção as pontas, rosa escuro, cacheados suavemente pelas pontas cortadas de forma rebelde. A franja levemente comprida contornando seu rosto fino e tão bem cuidado. Os olhos escuros, brilhando como o astro sol, rodeados de uma sombra clarinha cheia de brilho. Os labios carnudos, rosados de forma sutil. O narizinho fininho, pontudinho, todo arrebitadinho feito um lorde. Os brincos novos na orelha esquerda. A roupa, o calçado, as unhas e o perfume. Aquelas presilhas em formato de estrela prateada no meio do preto do seu cabelo... céus, Izuna era o mais belo arcanjo criado por Deus.

- O que foi? - Izuna corou um pouco, mas ainda sorria de canto enquanto via Tobirama piscando de forma lenta, hipnotizado por ele.

Eres la persona más hermosa que he visto en mi vida. - Soltou, meio sem filtro ainda. Não que precisasse de um, Tobirama nunca se cansaria de enaltecer a beleza do Uchiha.

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