— Você deve chegar próximo dele - ela diz, me pondo chá na xícara em cima da mesa, eu apenas a observo. Ela não me contava o motivo de seu plano e eu sem contestar, apenas seguia fazendo o que ela pedia.
— Mais do que naquela noite? - eu indago — Ela mansamente, põe sua xícara na mesa — Sim. - ela diz. Ela é uma mulher diferente e misteriosa, acho que não há outras palavras pra defini-la, mas gentil ao mesmo tempo. Eu agradeço o chá e volto para meu quarto, ela assente e diz que vai sair para a floresta, sem perguntar o que ela ia fazer, porque eu sabia que ela não ia responder, apenas concordei.
Ouço o bater da porta, avisando que ela já havia saído e vou aonde ela dormia, o quarto era simples, havia pequenas plantas e diversos livros, foi quando ouvi uma voz me chamando do lado de fora.
— Aaron! - ele grita quando me vê saindo da casa - ele desce do cavalo e vem logo à mim. Ele estava suado e ofegante, o pôr do sol fazia seus olhos verdes ficarem brilhantes e, como sempre, havia um sorriso em seu rosto.
— Há dias que não vejo você! Por onde andou? - eu não consigo responder, não fazia ideia de como ele havia conseguido encontrar esse lugar e muito menos essa cabana, ela disse que ninguém podia nos ver.
— Aaron? - ele põe suas mãos em meus ombros e seu rosto parece preocupado — O que foi? Desculpa, eu acabei de acordar, então ainda tô tentando acordar totalmente. - ele entorta a cabeça, mas parece que o convenci.
— Príncipe, o que anda fazendo por aqui? - o indago e ele mostra novamente o sorriso no rosto — Olha, eu não tava procurando por você, tá. Não quero parecer um maníaco - cruzo os braços em desconfiança e ele percebe.
— Eu estava praticando com o Lucky - ele aponta para o cavalo, sua pelugem era clara, igual aos flocos de neves, porém, os olhos eram escuro iguais à uma floresta à noite. — E por um momento de desobediência desse malandro, a gente acabou se perdendo do campo de treinamento. - o cavalo morde o cabelo dele em forma de vingança e começo a rir. Lucky chega próximo de mim e me cheira, e logo se oferece para receber carinho.
— Uau, ele gostou de você - Sirius diz, com um sorriso fraco nos lábios — E ele quase não gosta de ninguém - ele diz, e o cavalo balança sua cauda, tacando com força seus fios no rosto dele, começo a gargalhar mais ainda.
— Eu acho que isso inclui você, vossa alteza - digo, acariciando o rosto de Lucky. — Bom garoto - digo e logo o cavalo me encara em meus olhos, me deixando em transe, como se ele quisesse me contar algo.
— Tudo bem, tudo bem - ele nos separa — Você é muito falso - ele diz, apontando para o rosto do cavalo e Lucky rincha, fazendo a saliva sujar o rosto de Sirius, não contive a risada.
— Na próxima semana, haverá uma corrida. Vai ser totalmente gratuito, todos do reino estarão lá. Você também vai? - ele indaga, seus olhos estavam mais brilhantes do que mais cedo.
— Mas, príncipe - ele me interrompe tocando meus lábios com o dedo indicador — Me chame de Sirius - concordo com a cabeça — Eu acho que você não...-
Ouvimos o barulho de passos, ela chega e me encara, e depois olha para o príncipe. Percebo um certo desespero dela e ela vem em passos rápidos em nossa direção.
— Vossa alteza - ela cordialmente, se curva em respeito e ele a cumprimenta. — Olá... eu não sei seu nome, qual seria?
— Não acho que seja necessário vossa alteza saber o nome de uma simples camponesa. - ele a encara tentando reconhecer seu rosto.
— Mas não vejo problema em saber. - ele diz — Me perdoe, príncipe, mas precisamos sair agora. - ela diz, me guiando pelo os ombros para dentro da cabana, o vejo me encarando e seu olhar perde o brilho após não conseguir se despedir direito. Bobo.
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A Era De Ouro
Fiksi SejarahO que fazer quando o grande reino da nação está sobre o poder e a tirania de um Imperador perverso e cruel? Mortes, ódio, injustiça e miséria, seriam o suficiente para um golpe de estado, onde os principais mandantes são um mísero príncipe, cujo, sa...