8. O melhor amigo da minha namorada

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Fazia uns meses que eu tinha começado a namorar a Isa, ela é a menina mais bonita da sala dela, admirava ela desde o primeiro dia quando entrei na escola dela, ela era cheia de amigos e muito diferente de mim, que fui sempre quieto e tinha dois ou três amigos, ainda mais naquele tempo que era novo na escola, não tinha nenhum.

Eu estudava na turma A e ela na B, e sempre ficava de olho nela mas nunca pensei que ela poderia dar bola pra mim. Me enturmei com os caras da sala pois tenho um talento nato pra futebol e logo depois da primeira aula de educação física eles me chamaram pra fazer parte do time da sala. Ganhamos o campeonato da escola contra todas as salas e foi legal pra caralho, logo estava super enturmado e falava com quase todos não só da sala como da escola também. Então resolvi arriscar e perguntar pra um amigo meu que é da sala da Isa sobre ela, logo ele começou a me zoar mas foi bacana e comentou de mim pra ela. Umas duas semanas depois a gente ficou pela primeira vez e depois mais sério e depois quando eu vi estava até com aliança no dedo. Nunca pensei que ia namorar sério assim com alguém tão cedo, parecia surreal e muito mais do gosto dela do que do meu, mas resolvi não falar nada.

Ela realmente tinha vários amigos, mas os mais próximos era a Ana, prima dela, que estudava na mesma sala e um garoto chamado Guilherme que não desgrudava dela, no começo eu achava meio estranho, mas depois eu percebi que o jeito do menino era diferente ai saquei tudo, nunca perguntei pra Isa mas tava na cara que ele era gay, e também nunca perguntei pra ele pois achava que seria muito inconveniente, e ele era super legal comigo, educado também, tem um rosto muito ajeitado e um cabelo preto bem liso que estava quase nos olhos, a gente se dava muito bem, principalmente quando a Isa dava chilique dizendo que eu trocava ela pelos treinos de futebol, o Guilherme era o único que me entendia, a Ana ficava totalmente do lado da prima e isso enchia o saco as vezes.

Durante um dos jogos, o Vicente, um dos melhores do time tinha faltado e o time ficou desfalcado, não poderíamos jogar assim, olhei pra arquibancada e de cara vi que o Guilherme estava me olhando, sorri e corri pra falar com ele;

- Gui, vem cobrir o Vicente por favor? - Ele me olhou como se eu fosse doido e a conversa no grupinho dele parou na hora.

- Eu? Jogar? - Ele riu - Tá brincando? - Realmente, ele não jogava nada, nenhum jogo mas eu adorava jogar e ele era meu amigo, tinha que fazer essa por mim.

- Já não basta furar comigo por causa de jogo agora quer roubar meu amigo também? - A Isa se intrometeu e as amigas dela riram, eu nem liguei, fiquei olhando pro Guilherme vendo se ele iria topar.

- Tá. Mas não deixa ninguém me xingar. - Sorri e peguei ele pelo braço, fiz ele vestir um colete da cor do meu time e fomos pro jogo.

Até que não foi tão ruim, ele ficou parado a maior parte do tempo mas quando a bola ia pra ele ele sempre tentava chutar pra mim, logo perdeu um pouco do nervoso e até deu uma corrida. Nosso time ganhou de 4x2 e no final do jogo quando bateu o sinal pra saída eu passei meu braço pelos ombros dele e agradeci, ele estava vermelho e suando, acho que nunca tinha corrido tanto e soltou um ''de nada'' todo sem jeito.

No vestiário os meninos ligaram o chuveiro pra tomar uma ducha e eu fiquei esperando sentado alguma delas vagar para eu entrar, estava com pressa pois tinha jogo a tarde para assistir na TV, quando o Guilherme entrou no vestiário, coisa que ele nunca fazia, todo mundo ficou quieto até algum dos meninos fazer alguma piada e quem estava na ducha fechou a porta pra ter privacidade, saquei o que estava rolando na hora. Fiquei mal pelo Gui e esperei ele trocar de roupa bem rápido e sair. Fui atrás dele.

- Gui, pera aí. - Falei pra ele e peguei seu braço esquerdo. - Foi mal, te coloquei nessa situação.

- Que? - Ele olhou pra mim - Ah, Miguel, que isso relaxa, conheço aqueles lá a vida toda, fazem isso mesmo mas mais tarde tão me mandando mensagem no celular pedindo pra eu chupar, conheço bem. - Ele falou como se fosse a coisa mais normal do mundo, eu dei uma risada sem graça e me despedi dele. Durante a ducha, o caminho pra casa, o almoço, aquilo ficou na minha cabeça, já tinha ouvido muitas histórias, mas daquele jeito, bem na minha cara? Não.

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⏰ Última atualização: Oct 09 ⏰

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